A Maquiagem na Era Tudor

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O uso de cosméticos ou maquiagens, foi desaprovado durante alguns períodos da história, mas não no período Tudor. As mulheres mais ricas, a realeza e a nobreza, usavam maquiagem como uma forma de indicar sua posição e status. Era também muito usada para esconder cicatrizes de várias doenças, tais como a varíola.

A Influência das Cruzadas sobre os perfumes, maquiagem e cosméticos nos tempos Tudor:
O uso de maquiagem mais pesada não era moda durante o início e meio do reinado Tudor, como por exemplo, o de Henrique VIII. Os perfumes eram populares em conjunto com a utilização de cremes e unguentos para amaciar a pele. Eles foram feitos a partir de ingredientes como cera de abelha, mel e óleo de semente de sésamo. Durante as Cruzadas, a Europa foi introduzida aos produtos cosméticos utilizados no Oriente Médio. Os perfumes mais populares eram produzidos a partir de flores como rosas, lírios e violetas.
A maquiagem foi desenvolvida no Oriente Médio e começou a ser utilizada pelos antigos egípcios por volta de 3000 a.c. A maquiagem de olho usada no Oriente Médio concentrava-se em dar cor aos cílios, pálpebras e sobrancelhas. Um tipo de rouge feito de ocre vermelho foi usado para manchar os lábios e bochechas e uma forma de henna foi usada para pintar as unhas e tingir os cabelos.

A maquiagem na era elizabetana:

A Rainha Elizabeth I ditou a moda em seu tempo e diferente do resto do período Tudor, ela apreciava o uso de uma maquiagem mais elaborada e pesada, que em seu caso foi útil para esconder suas rugas e outros sinais de envelhecimento. Ela passava um creme chamado ceruse veneziano, que era feito a partir de vinagre e chumbo branco (que hoje sabemos ser muito danoso à saúde e a longo prazo até letal) no rosto e nas mãos, também para reforçar o ideal pálido de beleza da época e manter seu status e imagem iconica de “Rainha Virgem” – o que explica a forte maquiagem branca vista em muitos de seus retratos. A aquisição de uma tez pálida era tão almejada, que algumas mulheres ricas chegavam a cortar-se para perder sangue e alcançar a desejada aparência pálida. O visual foi completado com um tipo de rouge caro feito de cochonilha para manchar as bochechas e os lábios. Madder* e vermelhão* também foram utilizados para alcançar tal efeito. O kohl foi usado para escurecer os cílios – outro elemento de maquiagem que foi importado do Oriente Médio durante as cruzadas.

O ideal feminino Tudor:

O ideal de beleza Tudor durante a era elisabetana era a de uma mulher com cabelos claros, pele muito pálida, seguida de bochechas coradas e lábios vermelhos. A tez pálida só poderia ser alcançada por uma mulher rica de classe superior. As mulheres pobres por trabalharem fora, adquiririam um bronzeado. A tez pálida era, portanto, um sinal de riqueza e nobreza – uma identificação imediata de uma pessoa de classe rica e superior. Esta pele de alabastro, portanto, também foi procurada pelos homens da época.

Tinturas para cabelos:

As ricas mulheres Tudor seguiam a moda dos cabelos claros tingido-os de amarelo.
A tintura de cabelo amarela foi feita a partir de uma mistura de açafrão, sementes de cominho, celandine e óleo. Perucas e apliques também eram populares e a própria Rainha Elizabeth I teve uma grande coleção de ambos, que chegavam a um número superior a 80 peças.

Retrato de Elizabeth I, no qual podemos ver perfeitamente sua famosa maquiagem.

Dicionário:

*Madder: É uma erva da Eurásia (Rubia tinctorum da família Rubiaceae) com folhas pontiagudas, seguidas por aglomerados de pequenas flores amarelas e frutos de coloração vermelha a negras.

*Vermelhão: É um pigmento opaco alaranjado que tem sido usado desde a antiguidade. O pigmento ocorrente na natureza é conhecido como cinabre. A maior parte do vermelhão produzido naturalmente vem de cinabre extraído na China, daí seu nome alternativo vermelho China ou vermelho chinês.

Bibliografia:
Artigo escrito com base no texto Tudor Makeup do site http://www.the-tudors.org.uk

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3 comentários Adicione o seu

  1. Helena Gouveia disse:

    Estou amando o blog, ando muito interessada sobre este período, bom saber que existe um blog focado no assunto! 🙂

    1. Tudor Brasil disse:

      Ahh que bom, Helena, fico feliz! ❤
      Tem alguma dica de artigo para nós!?

      1. Helena Gouveia disse:

        Eh sensacional, serio! Parabens pelo trabalho. Hoje na escola mostrei a um amigo e ele disse: caramba, quanta coisa! Kkk Ele gostou muito também haha. Vou mostrar o blog para uns amigos, pois só encontrei ontem. Tenho uma dica sim: espinhas! Sempre me perguntei se as rainhas e reis tinham espinhas haha. Abcs!

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