Já imaginaram como seria a vida dos bebês no período Tudor? Como eram seus nascimentos, primeiros anos, desenvolvimento e que vida levariam? Ser bebê ou criança, não era nada fácil naqueles tempos em que o perigo espreitava em todos os cantos e a medicina era apenas um protótipo fantasioso da atual. Decidimos por este motivo, criar este artigo – para que as pessoas vislumbrem o que era nascer em um século tão distante do nosso.
Muitos bebês nascidos no período Tudor não sobreviviam à infância. Por volta de 25% das crianças, morriam antes de seu quinto aniversário e outras 40%, antes de seu 16. O parto também era perigoso para as mulheres do período, fazendo com que uma considerável parcela delas, morresse dando à luz.
Gravidez – Parto:
Uma vez casados, a principal função de uma esposa no período Tudor, era produzir um filho para continuar a linhagem da família. Isto era a realidade de todas as mulheres do período, desde as nobres até as camponesas. Não teria sido algo incomum, uma mulher engravidar de doze em doze meses. Na Inglaterra dos Tudor, a gravidez e o parto era algo especialmente perigoso para a mulher. A morte no parto era algo comum. Uma “tradição” neste momento, era que a esposa grávida preparasse o berçário para o novo bebê – assim como seus arranjos – uma vez que ela poderia morrer no parto e não concluir a organização.
Há registros de mulheres tão completamente aterrorizadas com a perspectiva de morrer no parto, que simplesmente evitavam o casamento. Elizabeth I tinha um forte medo do parto. Talvez as apavorantes experiências de sua meio-irmã Maria I (com suas gravidezes psicossomáticas) e sua madrasta Catarina Parr, tenham sido um catalisador para tornar seu medo ainda pior.
O ato real do parto, seria assistido por uma parteira ou cirurgiões. Na realidade, se você não fosse da nobreza, ela geralmente seria uma vizinha ou parente idosa, no geral, sem maiores conhecimentos médicos. As complicações eram frequentes e não haviam médicos e higiene de parto adequados no período, que pudessem alterar este quadro. A medicina do período, fora constantemente acoplada a mitos e crenças supersticiosas que aumentavam perigo enfrentado pelas mães e bebês. As infecções eram os maiores assassinos das mulheres neste estágio. Elas aconteciam devido a equívocos básicos e falta de conhecimento de higienização devida das mãos, panos e ferramentas utilizadas na hora do procedimento. Mesmo se o nascimento de um bebê fosse bem-sucedido, a mãe ainda poderia ser vítima e vir à falecer pouco depois. Os mais famosos casos de sépsis ou febre puerperal, foram de Elizabeth de York – mãe de Henrique VIII -, Catarina Parr – sua sexta esposa – e Jane Seymour – terceira esposa -, que morreu pouco tempo após dar à luz ao tão desejado herdeiro varão, Eduardo VI.
Nascimento:
Quando um bebê nascia, ele era lavado em uma bacia de água morna e em seguida, para mantê-lo aquecido e evitar doenças, era friccionado em sua pele, manteiga ou óleo de rosas – muito utilizado no período. Suas primeiras roupas eram conhecidas como roupas de parto. Ele seria envolto em um receptor e entregue a seu pai, para que visse o sexo do bebê. Normalmente, ele receberia seu nome e seria batizado dentro de poucos dias, pois o risco de morte era muito alto.
Os bebês de famílias abastadas, eram geralmente entregues à amas de leite para serem alimentados logo após o batismo. As relações sexuais de uma ama eram proibidas enquanto estivesse em serviço, pois acreditavam que amamentar, reduziria a fertilidade da mulher, além de prejudicar o bebê. Mulheres naquele período queriam engravidar novamente o mais rapidamente possível. Há uma história apócrifa de que Ana Bolena queria amamentar Elizabeth, mas seu pedido fora negado por Henrique VIII. É improvável que ela sequer tivesse questionado isto.
Amamentação: (Para saber mais sobre o assunto, acesse)
Uma das primeiras decisões para os pais de um bebê recém-nascido, era se sua mãe o amamentaria. Para as mulheres comuns, não haveria tal escolha, pois não teriam meios de fazer o contrário. A prática convencional e conselhos profissionais sobre a amamentação, eram muitas vezes contraditórios. Como resultado, a literatura médica dedicou páginas e páginas à escolha de uma ama adequada. O caráter da ama de leite era muito importante, pois acreditavam que traços de caráter negativo, eram transmitidos pelo leite. Amas cujos próprios filhos eram meninos, eram favorecidas. Acreditavam que o leite de uma mulher que havia tido um menino, era mais saudável. Ela devia ter uma dieta rica de alimentos, embora com pequenas especiarias e vinho tinto – que acreditavam ser um reforço. Às vezes, um guarda-roupa ou outros bens materiais eram fornecidos à ela. O astrólogo de Elizabeth I, John Dee, enviou velas e sabão para ama de leite de seu filho.
Mesmo as amas sendo especificamente destinadas às classes altas e nobreza, as vezes uma criança comum poderia precisar de uma. Os executores de Richard Smith, um pastor Bershire, receberam 16d uma semana, para conseguirem uma ama de leite para sua filha Margaret, em 1604. Pais com filhos de saúde frágil, eram aconselhados a enviá-los à uma ama de leite no campo, a fim de curá-los com o bom ar do local.
Existe uma famosa pintura de Gabrielle d’Estrées, amante do rei Henrique IV de França, com sua ama. Ela está atrás dela, alimentando seu infante César, nascido em 1594.
Eles eram desmamados entre 1 e 2 anos de idade, embora existam menções de crianças de cinco anos ou mais, sendo amamentadas no período Tudor – o que era a exceção e não a regra.
Roupa de Parto:
Assim que o bebê nascia, ele era envolto em várias camadas de panos. Estes panos ficariam conhecidos como ‘roupa de parto’ – termo usado à partir do século XVI até o XIX, passando depois, a chamar-se enxoval. Ele consistia em inúmeras peças de tecidos – além do receptor – que eram colocadas apertadas na criança. Nos registros de 1597 de Thomas Deloney – sapateiro de Londres – sua esposa ajuda seu jornaleiro a preparar a roupa de parto e objetos para o nascimento de seu filho:
”Até agora foi gasto dezesseis pence por semana em sabão, velas, roupas de parto, batas, mantos, casacos, chocalhos, berços, panos e pequenos brinquedos.”
O primeiro contato de um recém nascido com suas roupas de nascimento, era com um receptor, um manto ou pedaço de flanela de linho, em que um recém-nascido era envolto. O pai abriria o tecido e veria se seu filho era um menino ou menina.
Swaddling:
O Swaddling, que originou-se em 4000 a.c., é simplesmente a prática de envolver firmemente seu bebê em ataduras ou faixas bem apertadas. Ele fora considerado um dos aspectos mais controversos do período Tudor.
Esta era uma prática onipresente na época, mas muito criticada em séculos posteriores, e considerada cruel no passado recente. Evidências contemporâneas no entanto, sugerem que tudo fora feito acreditando tratar-se do melhor para o bebê – a fim de mantê-lo aquecido e protegê-lo. Os ossos de um recém-nascido, eram considerados macios e maleáveis. Um bebê que movimenta seus braços e pernas constantemente – segundo a crença do período – poderia facilmente danificá-los ou torcê-los. As mães, amas e enfermeiras, eram então, aconselhadas a envolverem, enfaixarem e atarem os bebês, a fim de garantir que todos os seus membros estivessem retos, sem esmagá-los. O significado original do equivalente ”swaddling” em holandês arcaico, era ”bakeren: nutrir e manter aquecido’’. A pesquisa médica atual, sugere que o swaddling foi muito requisitado e recomendado por todas as classes.
Este tipo de técnica de vestimenta para bebês, foi usado durante muitas gerações. Ilustrações, pinturas e estátuas de bebês enfaixados, são vistas desde o século XIV. No século XVI, temos um registro de como era feita a prática. Até o final do século XVI, as bandagens em volta do corpo, eram geralmente aplicadas como as bandagens curativas de cirurgiões, só que com o bebê nelas. A prática foi descrita por Jane Sharp, parteira do século XVII, em 1671: –
”Enrole-o em panos macios e coloque-o no berço, mas certifique-se de que todas as partes móveis de seu corpo estejam gentilmente anexadas em seus devidos lugares, sem qualquer dobradura ou torção; os ossos dos lactentes são como galhos de árvores e dependendo do modo em que os atam, eles vão crescer retos ou curvados. Coloque os braços juntos em cada lado do corpo, para que possam crescer bem. Após quarto meses, solte os braços, mas ainda enrole o peito e pés, para impedir a entrada de ar frio, por um ano, até que a criança ganhe força. Mude os panos da criança toda vez que urinarem ou defecarem.”
O calor era visto como a principal e imediata necessidade de um recém-nascido e era a razão para as tantas camadas do swaddling. Manter os membros alinhados e retos, era um modo de garantir que seus ‘’galhos’’crescessem em linha reta e corrigir qualquer fraqueza e danos do nascimento.
Considerando o período e o número de vezes em que o bebê teria de ser enfaixado e desenfaixado por dia, isto mostra a dedicação e cuidado que as pessoas tinham com eles – a menos que esta condição fosse deliberadamente ignorada. Quando não tivessem de trocar as bandagens sujas, era aconselhado que o bebê fosse manipulado o mínimo possível, ficando em seu berço. Acreditavam também, que o excesso de atenção poderia estragá-los.
O enfaixamento também promovia certa proteção contra machucados auto-infligidos e os eventuais perigos de um lar, uma vez que o bebê estaria confinado a seu berço, longe das complexas e perigosas salas pobres ou ricas do período.
O swaddling em sua forma mais extrema, pode muito bem ter desenvolvido certo orgulho pessoal de uma enfermeira, pois suas habilidades requeriam prática. Por ser um demorado ritual, quando bem feito, poderia denotar um sinal de capacidade em serviços do lar, assim como status, dependendo do tecido usado, como rendas e linho fino. Mesmo assim, o swaddling nem sempre foi, como sugere Jane Sharp, utilizado em todos os bebês. Josselin, filha de um clérigo, foi retirada de suas bandagens com apenas sete semanas de idade. Se o swaddling fosse interrompido nesta idade, o bebê ainda seria envolto em vários pedaços de pano – não tão atados – sobre uma bata, incluindo o berço, que teria seu forro levemente dobrado, para evitar que os pés do bebê se movessem. Quanto mais pobre a família do bebê, mais grosseiro e ruim seria seu swaddle.
A prática não era adorada por todos. Ela fora criticada no século XVI, por Felix Würtz em seu livro chamado “Praktika der Wundartzney”: –
“Eu também vi crianças retas criadas por Deus, tornarem-se no entanto, homens corcundas e coxos, que nunca ficaram em linha reta ou saudáveis (…) Além disto, eu tentei, por exemplo, deitar uma criança e desamarrá-la, quando vi que havia sido enfaixada de modo errado. Em seguida, vi que realmente havia (…). Por engano, a prenderam dobrada e apertaram firme as ataduras, de modo que ela não pode ter paz (…). “
Exposição e Perigos:
O mundo no período Tudor era um local perigoso para qualquer bebê, pois a assistência dada a eles, era totalmente diferente. Atualmente, uma casa moderna contém plugues de tomadas, esconderijos para produtos químicos, protetores para superfícies pontiagudas, redes nas janelas e etc. Porém, o primeiro ano da vida de um bebê no período Tudor, era praticamente todo levado dentro do berço.
Considerando atualmente, à liberdade que os bebês possuem fora do leito, a fim de que mantenham seu desenvolvimento pessoal, tal ideia chega a parecer absurda. Porém, conforme citado acima, uma casa no período Tudor escondia muitos perigos e a supervisão dada a eles, estava longe do zelo integral que lhes é dado atualmente. Isto não significa que as mães e babás fossem pessoas negligentes, elas apenas viviam sob um outro contexto, no qual a ideia de prioridade em um dia, não envolvia o cuidado integral e excessivo à bebês, se eles podiam ficar seguros dentro de seus berços. Existem muitos registros de crianças Tudor que fora de seus berços, caíram de janelas, saíram porta à fora, queimaram-se com velas, caiam em valas e etc.
A principal preocupação para os pais com seus filhos, eram as doenças. Bebês e crianças pequenas, corriam muito risco, especialmente se viviam em lugares super lotados, com higiene precária e alta umidade. As pessoas acreditavam que o ar ruim causava doenças, fazendo com que muitas vezes, ervas fossem queimadas em quartos para doentes. Infelizmente, muitas crianças, ricas ou pobres, morriam cedo.
Conforme iam crescendo, os bebês eram colocados em molduras de madeira sob rodas – um equivalente ao andador atual. Lá elas aprenderiam aos poucos, a explorar o mundo ao seu redor.
Chocalhos, Mordedores e Apitos
O chocalho é um dos brinquedos mais antigos do mundo e pode ser encontrado em quase todas as culturas. Devido a curiosidade e imprevisibilidade dos bebês, eles provavelmente cativariam-se facilmente por estas curiosas peças. Este pequeno e barulhento brinquedo, era multi-uso. Podiam ser usados para acalmar e ao mesmo tempo estimular, incentivando a coordenação na mão e olhos. Existe uma hipótese de que eram utilizados como objeto de proteção, que com seu barulho, afastavam os maus espíritos de perto do bebê.
Ao longo da história, a moralidade infantil tem sido um medo constante para os pais. Chocalhos serviam como amuletos perfeitos para proteger uma criança das doenças e adversidades. Acreditavam que materiais como coral, cristal de rocha e dentes do lobo, possuíam poderes sobrenaturais.
O mais antigo uso da palavra ”chocalho” está registrado em Vulgaria – de 1519 – de William Horman: ”Eu vou comprar um chocalho para ninar meu bebê a fim de que pare de chorar”.
Isto sugere que os chocalhos eram comuns e disponíveis para a maioria. Chocalhos de liga de chumbo foram encontrados em escavações arqueológicas e são a prova de que até os pais mais pobres, compravam brinquedos para seus bebês. Chocalhos também poderiam ser objetos de status elevado, projetados para demonstrar a posição social do filho. O príncipe Eduardo tinha um chocalho vazado em seu retrato pintado por Holbein. Existe um chocalho de prata de 1620 de modelo similar, porém, a alça termina em um apito e há um anel de suspensão para prendê-lo à cintura da criança. Chocalhos de prata ou ouro combinados em mordedores, são freqüentemente vistos em retratos de bebês, embora sejam raros em imagens anteriores à 1550. Eles muitas vezes tinham sinetas, apitos, pedaços de coral, cristal ou dentes de animais – frequentemente lobos – para a criança morder e coçar sua gengiva. O chocalho era geralmente pendurado em uma corrente ou fita em volta do pescoço ou cintura da criança. Francis Thynne, com idade entre seis à dez meses, teve um chocalho de prata com um dente de lobo suspenso em uma corrente de prata em sua cintura. Oito anos mais tarde, sua irmã, com idade entre 20 meses, tinha o que pareceu ser o mesmo chocalho.
Esta foi uma forma de incentivar a dentição da criança à aparecer. O coral era particularmente popular para a dentição e também considerado um talismã de proteção, por causa de sua coloração vermelha. Algumas crianças tiveram peças iniciais simples, que consistiam de um coral em um suporte com um laço para suspendê-lo a partir de uma fita ou corrente, como um usado por John Dunch. Frances Cavendish – filha de Bess de Hardwick – recebeu para ela “um coral em 1548”. Pouco menos de um quarto dos bebês e 11% das crianças em pesquisas de imagens, tinham um chocalho combinado com peça para dentição, ou um mordedor simples. Eles eram quase exclusivamente destinados à elite e divididos igualmente entre meninos e meninas. No entanto, o coral não limitou-se ao uso da elite. Um coral ornamentado em prata, foi roubado da casa de um yeoman de Essex, em 1576.
Nem todo mundo era fã de seu uso. Séculos mais tarde, o filósofo francês, Rousseau, criticou chocalhos de luxo, porque habituariam a criança à opulência desde muito cedo. Rousseau acreditava que um galho, vara de alcaçuz ou cabeça de papoula poderia igualmente entreter uma criança.
Desenvolvimento:
Ao saírem da proteção de seus berços, a maioria das crianças passavam uma grande parte de seu tempo sentadas em chãos sujos de madeira ou pedra; era lá que aconteciam seus acidentes de toilet. Textos médicos e manuais infantis e herbais, garantiam uma infinidade de remédios para estes casos, especialmente para as crianças que molhassem a cama. Para a maioria das pessoas, a cama era uma propriedade de luxo muito cara, carregando um enorme símbolo de status. Talvez por isto, não seja coincidência que o primeiro livro de cuidados infantis a discutir o treinamento de toilet em detalhes, tenha sido escrito na época onde os assentos estofados, mobílias de banheiro macias e tapetes, eram largamente vendidos em casas de classe média. Penicos em pequenas caixas de madeira com tamanho infantil, aparecem ocasionalmente em ilustrações de gênero, mostrando um pai ensinando a criança como usá-lo.
Contemporâneos consideravam brincadeiras, como uma atividade desafiadora para crianças de até sete anos de idade, embora alguns guias médicos desaconselhassem o hábito. Crianças pequenas passavam a maior parte de seu tempo acordadas, brincando, embora algumas mais pobres, tenham recebido tarefas para executarem dentro de suas casas. Meninas por volta de seis anos, por exemplo, tinham de cuidar de seus irmãos menores.
Brinquedos e acessórios:
Penas e tinteiros não restringiriam-se somente aos meninos. Um kit de pena e tinteiro foi dado à Thomasine Petre quando saiu de casa, talvez para incentivá-la à escrever para seus pais.
Uma criança em ”children’s games” de Breugel, aparece com uma pena e tinteiro presos em seu girdle, o que sugere que as atividades em aula, exigiam a escrita feminina. Meninas também teriam faquinhas, mas geralmente não estariam visíveis para os outros. Uma viúva de Coggeshal, deixou para sua jovem prima, sua bolsa, faquinhas e lenço de pescoço ”que ela não deveria usar, até que estivesse trabalhando”.
Meninas pequenas às vezes eram retratadas segurando bonecas, que nada mais eram, que a representação de mulheres reais, vestidas com roupas da moda do período. A boneca da pequena Arbella Stuart em seu retrato de 1577, foi considerada uma boneca dentro da moda, e posteriormente repassada a outra pessoa, por suas roupas estarem antiquadas. Nos retratos, bonecas eram seguradas por meninas com idade inferior à seis ou sete anos. A irmã caçula do retrato das três irmãs desconhecidas, datado de 1620, era a única a segurar uma boneca. Estas bonecas funcionavam tanto como símbolo de idade e gênero, quanto status nos retratos. Elas também poderiam ter sido usadas para incentivar o comportamento materno em seus futuros papéis como mães de família. No entanto, como a maioria das bonecas eram retratadas como adultas na moda, é provável que não tenham estimulado muito mais, que o interesse em moda de uma jovem criança.
Elas podem ter brincado com suas bonecas, embora isto nunca seja mostrado em retratos formais. Duas meninas que parecem brincar com suas bonecas, aparecem no retrato ”children’s game” de Breugel; elas parecem mais velhas que sete anos e suas roupas femininas são bastante comuns.
Porém, mesmo encorajada por muitos pais, alguns acreditavam que as brincadeiras poderiam representar um enorme perigo. Evidências de registros de médicos legistas, sugerem que as brincadeiras, eram grandes responsáveis por mortes de crianças pequenas. Edmund Homan de Sussex, com sete anos de idade, conheceu seu fim quando foi empurrado de um carrinho de mão por seu irmão mais velho, de nove anos. Crianças da elite e nobreza, recebiam uma enorme variedade de brinquedos, em muitos retratos eles servem para fornecer aos pesquisadores, dados como a idade e sexo. Achados arqueológicos de brinquedos produzidos em massa, sugerem que as crianças da classe média e trabalhadora, também tinham acesso a brinquedos. A maioria era feita de liga de chumbo ou cerâmica, e incluíam pequenas panelas, pratos, jarras e travessas, itens do mobiliário em miniatura, como baús e mesas, além de figuras, incluindo bonecas, cavaleiros à cavalo e armas capazes de disparar pequenas munições.
Alguns brinquedos podiam ser feitos em casa por pouco ou nenhum custo. Moinhos de vento eram um bom exemplo, muitas crianças foram retratadas em cenas, brincando com uns feitos de “um pedaço de cartão ou papel, cortado como uma cruz e com um pino colocado no final de uma costura em uma vareta, que correndo contra o vento, fazia girar’. Bonecas eram feitas de retalhos: o Parvulorum Promptorum de 1440, define ‘popyn’ (um termo antigo para boneca) como uma “criança de trapos”. Elas também poderiam ser feitas de madeira, chamando-se bebês Bartolomeu – pois eram vendidas na feira de São Bartolomeu, em Londres. Cavalinhos, podiam ter cabeças realistas, similares a de uma pintura de um pequeno menino de 1565; para os mais pobres, uma simples vara e imaginação, poderia ser suficiente. Peões, bambolês, pernas de pau, ioiôs, bola no copo, pinos de boliche e balões feitos de bexigas de animais, eram outros brinquedos simples, vistos em retratos de crianças comuns (geralmente meninos). Para a elite, jogos de bola mais sofisticados, especialmente golfe e tênis, eram populares.
Lista de nomes comuns para dados à bebês nos tempos Tudor:
Para saber mais – Acesse.
FONTES:
The Tudor Child: Clothing and Culture 1485 to 1625; Huggett, Jane and Mikhaila, Ninya – April 15, 2013 -Costume and Fashion Press.
Clothes and the Child – A Handbook of Children’s Dress in England 1500-1900; Buck , Anne and Bean, Ruth – 1996
Under These Restless Skies: AQUI.
My Learning: AQUI.
That Other Boleyn Gal: AQUI.
Crianças no período Tudor: AQUI.

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