Nome: Arthur Tudor
Nascimento: 19 ou 20 de Setembro de 1486
Casa Real: Tudor
Consorte: Catarina de Aragão
Morte: 2 de Abril de 1502
Sepultamento: Catedral de Worcester
Início da vida:
Logo após seu casamento com Henrique VII, Elizabeth de York ficou grávida e a boa nova foi comemorada em toda a Inglaterra. Henrique VII em êxtase com a notícia, decidiu que o nascimento de seu primogênito seria em Winchester, local no qual muitos acreditavam ter sido a capital da Lendária Camelot das lendas arturianas.
O bebê nasceu entre a meia-noite e uma da manhã do dia 20 de setembro. Seu gênero foi um alívio para seus pais, pois representava a chegada de um herdeiro ao trono. A criança se chamaria Arthur em homenagem ao grande Rei, pois Henrique VII estava convencido de que o nascimento de seu filho traria uma nova era dourada para a Inglaterra. A corte chegou a Winchester no início de setembro e talvez tenha sido a longa viagem com estradas ruins que fizeram com que Elizabeth desse à luz antes do tempo. Apesar de ter nascido um mês prematuro, Arthur era uma bebê saudável. Elizabeth teve uma forte febre, mas felizmente sobreviveu.
O nascimento do herdeiro do trono foi comemorado com fogueiras nas ruas e cantos na Catedral de Winchester. Seu batismo não ocorreu de imediato, pois seu padrinho John de Vete, 13 Conde de Oxford, ainda estava em sua casa em Suffolk e precisaria viajar para chegar até lá. A data foi adiada para domingo 24 de setembro.
Arthur teve uma infância solitária, e quando fez 3 anos de idade, Henrique VII decidiu que já era hora dele ser criado como um príncipe de Gales. Ele foi trazido para Westminster, em novembro 1489. Sua mãe Elizabeth de York, que na época estava grávida, entrou em trabalho de parto durante a sua condecoração como Cavaleiro do Bath e no dia 29 deu à luz uma filha, Margaret Tudor, no dia de St. Andrew. No dia seguinte, ele foi formalmente declarado Príncipe de Gales na Câmara do Parlamento.
Como futuro Rei e herdeiro, Arthur foi meticulosamente bem educado. Entre seus tutores encontramos, John Rede, o poeta francês André Bernard e Thomas Linacre, físico e humanista inglês educado por Erasmus. Em 1492, ele foi enviado para o Castelo de Ludlow nas marchas galesas, a fim de iniciar sua educação como futuro rei. Segundo o historiador David Starkey, Arthur era intelectualmente precoce e reservado.
Noivado e Aliança:
Ansioso para fortalecer seu reino contra a França, Henrique VII buscou o apoio da Rainha Isabel I de Castela e Fernando de Aragão. O apoio resultou no Tratado Medina del Campo e aos dois anos de idade, negociações foram feitas a respeito de uma união entre Arthur Tudor e a filha de Isabel e Fernando, a jovem infanta Catarina de Aragão.

Casamento:
Durante dois anos, Arthur e Catarina trocaram numerosas cartas em Latim. As cartas foram escritas sob instruções de seus tutores, e eram mais formais que apaixonadas. Quando Arthur tinha 14 anos, Fernando de Aragão e Isabel de Castela prometeram enviar sua filha Catarina para a Inglaterra, mas foi apenas quando Arthur fez 15 anos que a jovem, junto com sua comitiva real iniciou sua jornada. Ela desembarcou na Inglaterra no outono, dia 04 de Novembro de 1501 e o casal se conheceu em Dogmersfield, em Hampshire.
Pouco se sabe sobre suas primeiras impressões um do outro, mas Arthur escreveu aos seus sogros que seria “um verdadeiro e amoroso marido” e mais tarde ele disse aos pais dela que ”estava imensamente feliz em contemplar a face de sua linda noiva”. Dez dias depois, em 14 de Novembro de 1501, eles se casaram na antiga Catedral de St Paul. Ao final do dia houve a cerimônia da cama, na qual a maioria da corte acompanhou o casal até seu leito matrimonial.
Não se sabe exatamente o que ocorreu após a tradicional cerimônia, mas Arthur vangloriou-se na manhã seguinte dizendo: “traga-me um copo de cerveja, pois eu estive esta noite no meio da Espanha!”. Mais tarde, quando Henrique VIII procurou anular seu casamento com Catarina, ele alegou que ela era viúva de seu irmão e que a união deles, portanto, era incestuosa. Catarina afirmou até o fim de sua vida que o casamento com Arthur nunca havia sido consumado. Falamos mais sobre isso AQUI.
Morte:
Pouco antes do Natal de 1501, o casal deixou a corte rumo à Ludlow, parando para celebrar o Natal em Woodstock. Arthur e Catarina pretendiam obter experiência de governo, governando as marchas de Gales. No entanto, ele adoeceu repentinamente, falecendo no dia 02 de abril de 1502. O motivo da morte dá margem à muitas especulações, teorias incluem a doença do suor ou tuberculose. Catarina também ficou doente, mas logo se recuperou. Ela perdeu o funeral de seu marido na Catedral de Worcester, mas isso pode ter ocorrido devido ao medo de contrair a peste.
Funeral:
O corpo de Arthur foi levado do Castelo de Ludlow rumo a Catedral de Worcester, seguido de um grande cortejo fúnebre, acompanhado por Sir William Uvedale e Sir Richard Croft. Arthur foi enterrado na Catedral de Worcester, onde a “Capela do príncipe Arthur” pode ser vista até hoje. Sir Griffith Ryce, um membro da família de Arthur, foi o enlutado oficial. O pai de Arthur, Henrique VII, não compareceu ao funeral. As razões para a sua ausência são desconhecidas, embora muitos dizem ser pelo tempo de viagem ou por angústia. A Mãe de Arthur, Elizabeth de York, também não compareceu ao funeral. O irmão mais novo de Arthur, o jovem Henrique era quem viria a ser o futuro Rei da Inglaterra, conhecido como Henrique VIII.
Fontes:
Brit Royals: AQUI.
Tudor History: AQUI.
Anne Boleyn Files: AQUI.

Mais do que saber se o casamento foi realmente consumado, eu me pergunto: Como teria sido se Arthur não tivesse morrido cedo e tivesse se tornado rei? Parece coisa de outro mundo de qualquer forma, quero dizer, uma Inglaterra sem o rei que mais vezes se casou na história e sem era elizabetana não parece a Inglaterra.
Realmente Rayssa, eu não consigo imaginar a Inglaterra sem Henrique VIII ou Elizabeth I, no fim as coisas aconteceram como teriam de ser não!?=)
Sim, acho que tudo o que acontece tem um motivo claro e oculto (esse paradoxo não foi proposital!), mesmo as vezes não compreendendo exatamente o porquê. E um país que foi virado de ponta cabeça por um rei parece bem mais interessante do que a “mesmisse”. De qualquer forma quem saberia o que teria acontecido?
De fato, podemos apenas conjecturar o que poderia ter acontecido, mas uma coisa é fato, a dinastia Tudor seria bem diferente!
conheci melhor o arthur ao ler A princesa Leal de Pilippa Gregory…achei tão fofinha a história da forma q ela contou… fiquei torcendo muito por Arthur e Catarina… eu sinceramente espero q tenha sim acontecido algo entre eles 🙂
~ mas se o menino era tão frágil como comentavam, acho difícil tb…
É quando a história é tão marcante como foi para Henrique VIII e tal… fica quase impossível imaginá-la sem ele… e nem estaríamos nesse blog também discutindo sobre eles… é provável que seria apenas mais uma dinastia da Inglaterra!
Sim, tudo teria sido bastante diferente, Henrique VIII e Elizabeth I jamais teriam reinado, estranho!rs…
Quanto a Philippa Gregory, por ser uma escritora de romances, seus livros são mais ficcionais que reais…=)
a Inglaterra sem o enigmático Henrique VIII e sem Lady Lizze seria terivel pois imagina sem reforma Anglicana
De fato Luiz, muita coisa seria diferente, não apenas para os ingleses, quanto para o mundo como conhecemos hoje!
Obrigada por comentar!:)