A reconstrução facial de Maria Rainha dos Escoceses, criada por artistas forenses seguindo o sucesso da imagem de Ricardo III, irá para exposição na sexta-feira.
A reconstrução facial da Rainha, foi realizada a fim de ajudar a preencher algumas lacunas em sua significativa ausência de retratos durante o período em que governou a Escócia (1561-1567) .
O National Museum Scotland pediu à professora Caroline Wilkinson, artista forense da Universidade de Dundee e profissional responsável pela reconstrução de Ricardo III no ano passado, para produzir uma reconstrução facial de Mary Stuart, Rainha dos Escoceses, a fim de saber como a rainha se parecia até o final de seu reinado.
A nova representação com base em retratos existentes e o que se sabe a respeito de sua vida e seu período, mostra Maria aos 25 anos – a essa altura, tinha ficado viúva duas vezes, sido acusada de assassinato e prestes a ser forçada a partir do trono escocês em eventual exílio e prisão na Inglaterra.
A reconstrução leva em conta tais provações e atribulações na vida da Rainha e é apresentada na exposição como uma animação pela artista Janice Aitken do Jordanstone College of Art and Design.
A reconstrução facial vai estar em exibição no Museu Nacional da Escócia, em Edimburgo, de 28 de Junho – como parte de uma grande exposição sobre a vida da rainha – até 17 novembro de 2013.
A exposição irá explorar o mito e a realidade que envolve uma das figuras mais enigmáticas e romantizadas da história escocesa, com empréstimos de grandes coleções públicas na Escócia, Inglaterra e França e de coleções particulares para contar a história de Maria.
Ela foi enviada para viver na França aos cinco anos de idade, tornando-se brevemente rainha da França antes de seu jovem marido, o Dauphin François, falecer.
Ela retornou à Escócia como uma jovem viúva em 1561, mas sua fidelidade à sua fé católica e sua tolerância para com seus súditos protestantes, empurrou-a para águas perigosas.
A exposição também explora os complexos e controversos casamentos posteriores da Rainha. Sob pressão política para produzir um herdeiro e fazer avançar a sua pretensão à coroa Inglesa, ela casou-se com Henrique – Lord Darnley, em 1565.
A união foi um desastre, o comportamento imaturo de Darnley fez com que Maria passasse a excluí-lo dos assuntos de Estado. Logo depois, Darnley foi assassinado.
O terceiro casamento de Maria com James Hepburn, Conde de Bothwell, chocou a nação escocesa, e o país culminou em uma guerra civil. Maria foi forçada à abdicar em favor de seu filho, o jovem James.
Perseguida, caçada e derrotada, ela buscou refúgio com sua prima Elizabeth I. Mary fugiu da Escócia para a Inglaterra aos 26 anos, onde iria passar 19 anos em cativeiro.
Maria Stuart foi decapitada em 1587, no castelo de Fotheringhay sob às ordens de Elizabeth I da Inglaterra.
Máscaras mortuárias de Maria:

Vale lembrar que Maria possui 4 supostas máscaras mortuárias. Era comum fazer uma máscara a partir da cabeça de um decapitado logo após sua execução. Uma destas máscaras encontra-se em Peterborough – local onde Maria foi enterrada – e a outra, em Lennoxlove; as outras duas são de acervos particulares.
A aparência original da máscara de Peterborough seria branca e simples, apenas depois ela foi pintada à mão. A máscara de Lennoxlove no entanto, é muito menor e bastante diferente da de Peterborough. A historiadora e pesquisadora Antonia Fraser, afirma que é mais provável que a de Lennoxlove pertença à uma senhora de Hamilton.
Fontes:
Telegraph.co.uk
legal
Achei muito bom! Mas sempre me confude a questão do nome do primeiro marido da mary stuart. Afinal, é Francis, Francisco ll ou Dauphin François?
Todas estas nomenclaturas estão corretas. Em francês o nome é François II, em português vira Francisco II e em inglês é Francis II. É como Elizabeth I, que em português (de Portugal) vira Isabel I. Já Dauphin, era um título francês dado ao herdeiro aparente do trono. 🙂