Segundo apontam biógrafos e historiadores Tudor, este belíssimo anel, pertenceu a última soberana da Dinastia, Elizabeth I. O anel é feito de madrepérola, ouro e rubis incrustados. O ”E” do anel é formado por seis diamantes distribuídos acima de um ”R” esmaltado, que juntos significam ”E R” – Elizabeth Regina (Rainha). Uma bela pérola solitária também é claramente visível.
No entanto, o que torna este anel impressionantemente único, é que sua fachada esconde um segredo – o topo do anel é articulado, e dentro dele encontram-se dois retratos esmaltados em miniatura, um de Elizabeth e o outro de uma mulher não identificada. A mulher em questão usa um capelo francês e trajes que datam do reinado de Henrique VIII.
O anel possui apenas 17,5 milímetros de diâmetro e por isto é pouco (ou nada) visível na maioria de seus retratos. No entanto, a mulher desconhecida possui uma forte semelhança com a dama nos retratos em Hever e National Portrait Gallery, Ana Bolena.
Para muitos estudiosos, a aparência da mulher no anel faz com que não reste dúvidas a respeito de sua identidade, trata-se de Ana Bolena, mãe de Elizabeth e segunda esposa de Henrique VIII, condenada e morta por traição e adultério. Durante todo o seu longo reinado, o anel foi um doloroso lembrete pessoal das consequências que podiam trazer um movimento político em falso.
Reza a lenda que o anel foi retirado de seu dedo após sua morte no Palácio de Richmond às margens do Tâmisa, sudoeste de Londres em 1603, por Robert Carey. Foi ele quem atravessou a fronteira escocesa para levar a notícia para James VI da Escócia, que então tornou-se James I da Inglaterra.
Mais de 400 anos após a morte de Elizabeth I, mãe e filha continuam juntas, não apenas em memória, mas neste magnifico anel.
Anteriormente o anel encontrava-se no acervo pessoal da família Home. Ele foi retirado do Tesouro Real Inglês por James I e entregue ao então Lord Home (Ives, Pg. 42).
Atualmente o anel é muitas vezes referido como ‘‘Chequers Ring’‘, pois pertence aos curadores de Chequers, residência rural do primeiro-ministro.
Em 2008, a joia foi exposta ao público como parte de uma exibição especial em Compton Verney.
Kathleen Soriano, chefe de exposições do local, falou sobre o anel de Elizabeth I “É um artefato bastante tocante, pois é pequeno e delicado e realmente evoca o sentido na história. É um objeto muito poderoso.”
O historiador David Starkey, curador conjunto da exposição, disse que as primeiras experiências sobre Elizabeth ditaram sua vida: “A consciência da vulnerabilidade criou seu estilo de governo Real. Ela foi muito mais próxima do modelo de Tony Blair do que seu pai, sem falar que foi muito melhor que Blair.”

FONTES:
On the Tudor Trail: AQUI.
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