Desde o início do século XIII, a Managerie Tower em Londres, foi suficientemente abastecida com animais exóticos como presentes ao monarca, e foi apenas aberta ao público durante o reinado de Elizabeth I. Durante três séculos e meio, antes da adesão de Elizabeth, este zoológico abrigou ursos, elefantes, leopardos, leões e ursos brancos. Novos animais eram frequentemente adicionados a coleção e os animais mais antigos eram mantidos no Baluarte, mais tarde renomeado como Lion Tower, tendo seu display composto por fileiras de gaiolas atrás de grades de ferros, e seus animais diariamente exercitados.
Vamos agora conhecer os tipos de animais de estimação mais famosos na Inglaterra Tudor:
MACACOS:
Retratos de monarcas Tudor como Catarina de Aragão, Eduardo VI e Elizabeth I mostram que a nobreza possuiu macacos como animais de estimação. No entanto, a vida destes animais dentro dos palácios gera muita conjectura, pois os macacos não eram mantidos apenas para fim afetivos, como também eram usados para o treinamento de cães com lutas de ursos e touros, que os Tudors eram particularmente afeiçoados.
Falcões (para Falcoaria):
A falcoaria era um esporte popular entre a nobreza e bem abastados, Elizabeth I assim como seu pai Henrique VIII, foram particularmente interessados. O falcão de Henrique VIII possuía uma respeitada posição na Corte, e sempre fazia triunfais entradas por lá. Os falcões eram animais extremamente difíceis de treinar, porém, após receberem instruções adequadas, eles poderiam ser usados para sua vantagem, como perseguir e atacar outras aves, como por exemplo, a garça-real.
Cavalos:
Elizabeth I foi uma corajosa e aventureira cavaleira, ela passava horas cavalgando pelos jardins do palácio e alcançou longas distâncias em ritmo acelerado até o fim de sua vida. Seu cortesão favorito, o romântico Lord Robert Dudley, foi o mestre cavaleiro da Rainha, tendo como responsabilidade, a manutenção e bem estar de seu cavalo.
Os monarcas usavam cavalos para a caça e equitação, sendo eles criados e importados à partir de sua força e resistência. O soberano sempre escolheria seu cavalo favorito. Henrique VIII possuiu mais de duzentos cavalos e gostava especialmente do cavalo Barbary, conhecido por sua grande velocidade e energia, e os importou da África para uso pessoal. Os cavalos em propriedade de Hampton Court Inglaterra, descendem dos cavalos usados por Henrique VIII.
Cachorros:
Na Idade Média, o cão de raça pura tornou-se o bem mais valioso dos reis, nobres e surpreendentemente, entre os líderes e representantes das igrejas, que possuíam mastiffs. Eles desenvolveram um novo uso para esta raça, quando a caça para o esporte tornou-se popular.
O Mastiff Inglês e Galgo tornaram-se padronizados, pois eram naquela época, as raças mais utilizadas. Outras raças foram utilizadas sob fins de pastoreio. O cão de colo, finalmente, tornou-se popular na Europa com as damas da Corte que os adotavam para fazer companhia. As coleiras utilizadas nos cães eram tão importantes quanto o próprio animal, algumas eram feitas de tecido de ouro, prata, couro branco e até veludo.
O Great Dane e Mastiff, acompanhavam seus mestres para a batalha, equipados com coleiras perfurantes e ocasionalmente até armaduras.
Os cães estavam em toda parte durante o período Tudor. Documentos primitivos da Igreja, relatam que era comum para os paroquianos levar seus cães junto com eles à serviço, eles eram usados como aquecedores de pés. Os Cães tornaram-se figuras proeminentes na vida diária e tornaram-se objetos para uma série de leis. Por exemplo, a propriedade de um Deerhound escocês ou um Galgo, eram mantidas fora do alcance de todos, destinados apenas à nobreza. Haviam leis que decretavam que certos cães mantidos em florestas perto do Rei, tinham que ser aleijados para impedir que fossem usados para caça ilegal. Somente cães pequenos o suficiente para saltar através de um aro foram autorizados a ficarem ilesos. “Galgos, mastiffs e hounds foram impedidos de ir à Corte, a fim de manter o lar doce, saudável, limpo e bem decorado. A única exceção a esta regra é que as fêmeas spaniels e cães de pequeno porte foram permitidos, pois acreditavam que era saudável que pessoas de estômago fraco, segurassem tais cachorros em seu colo”.
As classes superiores eram conhecidas por terem cachorros de pequeno porte como toy spaniels; No início do século XV os pequenos spaniels eram imensamente populares devido ao Rei Henrique VIII e sua filha, Elizabeth I. Eles escolheram estes cães como os favoritos da Corte. Tal situação manteve-se até o fim dos Stuarts. Maria I, manteve uma matilha inteira de pequenos spaniels que usava para a caça.
O homem Tudor comum também possuiu cães, porém eles nem sempre são facilmente reconheciveis para nós hoje, afinal suas identificações referem-se mais ao tipo de serviço que lhes eram destinados. Por exemplo, cães banidos: eram cães ferozes mantidos amarrados durante o dia, e soltos à noite para guarda, Giradores-de-espetos: Cães de pequeno porte usados para girar as rodas que mantinham os espetos com alimentos assando em grandes fogaréu. Claro, cada localidade teve sua própria variedade de Terrier ideal para caçar criminosos locais. Havia uma abundância de diversos pequenos cães de caça e pastoreio.
GATOS:
Os gatos no entanto, não eram muito populares. Em 1484, o Papa Inocêncio autorizou os inquisidores a levar todos os gatos e amantes de gatos à fogueira. Como resultado, houve uma queda drástica na população de gatos e um aumento considerável no número de roedores. A consequência foi, milhões de ratos com pulgas infectadas com peste bubônica espalharam a peste negra na Europa. Quando a perseguição dos gatos encerrou no final do século XVII, eles começaram a caçar ratos novamente, e os europeus viram a vantagem de possuir estes caçadores naturais a fim de manter os roedores longe de suas cidades.
Em sua coroação, Elizabeth I tinha um gato queimado em uma cesta de vime para simbolizar a libertação de demônios. Em um dia de São João por exemplo, houveram 24 gatos queimados publicamente em uma espécie de festival promovido pelo Rei francês Charles IX e sua Corte.
Bichos de estimação dos Monarcas:
HENRIQUE VIII:
O Rei possuía mais de 200 cavalos, e também, Galgos, Beagles, Toy spaniels, furões e aves como falcões, destinados à pratica da falcoaria (vide acima).
Elizabeth I:
A Rainha Elizabeth I, manteve um cachorrinho, provavelmente um Toy Spaniel, o cão era muito amado e a acompanhava para todos os lugares. Elizabeth também manteve no palácio, um macaco de estimação, um papagaio em uma gaiola e um viverrídeo conhecido por seu odor de almíscar. Elizabeth pode também ter tido animais selvagens, uma vez que mantidos na coleira dentro dos jardins do palácio.
Bichos de estimação para crianças Tudor:
As crianças possuiriam animais de pequeno porte como, roedores, pássaros e cães como Toy Spaniels.
FONTES: