Em muitos lugares, já vi pessoas citando Esther como ”a mulher do chapéu de bruxa”, um longo e negro chapéu de abas semi-retas, em contraste com o branco e pomposo colar elisabetano. Mas afinal, quem fora a mulher além da pintura!?
Conhecida como Esther Inglis ou Esther Langlois, ela foi filha de Nicolas Langlois e Marie Prisott, ambos refugiados huguenotes (protestantes franceses), que vieram de Dieppe, França, para Londres. O registro mais aceito da data de chegada de sua família à Inglaterra Tudor, é de 1569, de modo que Esther teria nascido na Inglaterra. Outras fontes porém, dizem 1572 e dão sua cidade natal como Dieppe. A família mudou-se para Edimburgo, na Escócia em meados de 1574.
A mãe de Esther foi uma calígrafa, uma profissão nada incomum para mulheres na Europa, e desde cedo, ela ensinou sua filha a lidar com o comércio. Em 1596, Esther casou-se com Bartholomew Kello, um oficial menor do governo. Eles mudaram-se para Londres em 1604 – já na Inglaterra Jacobina – e viveram em Essex de 1607 até 1614, onde Kello fora reitor da Willingale Spain. Esther foi apadrinhada tanto por Elizabeth I, quanto por James I e muitos de seus manuscritos iluminados e miniaturas, ainda sobrevivem.
Ela teve quatro filhos, Samuel, Elizabeth, Mary e outro de nome desconhecido. Eles retornaram à Edimburgo em 1615.
Seu retrato, confeccionado em 1595, foi usado por Esther, como base para um auto-retrato, que aparece dezesseis vezes em seus manuscritos sobreviventes. Na inscrição de seu auto-retrato, ela escreveu: “De dieu le bien / de moy le rien” (“Do Senhor o bem, de mim, nada”), uma crença que Inglis iria repetir em seus manuscritos.
Esther morreu no dia 30 de agosto de 1624; seu marido sobreviveu a ela, morrendo em 15 de março de 1638. Seu filho Samuel Kello, faleceu em 1680. Ele fora educado em Edimburgo, depois fora admitido na Igreja de Cristo, Oxford e tornou-se reitor da Spexall, Suffolk.
Confiram aqui, alguns manuscritos remanescentes de Esther.
Nossa que chapeu ?!!!
Lindo né!? 😉