Recatadas, bem instruídas, discretas ou escandalosas. Durante séculos as mais belas, capazes e aristocráticas mulheres na Inglaterra, competiam para conseguir cargos na Corte. Algumas que vieram para servir suas rainhas, tornaram-se conhecidas por sua aprendizagem e virtude exemplares, outras porém, tornaram-se notáveis por sua promiscuidade e falta de escrúpulos. O papel de Dama de Companhia, foi talvez, a única ocupação que uma talentosa e ambiciosa dama de classe alta poderia vislumbrar prosseguir dentro de sua aparência de decoro, a fim de ascender seu status social. No entanto, em muitos reinos existiam damas que combinavam uma carreira na Corte, aliada à mais antiga profissão do mundo.
Os motivos que levavam algumas damas à procurarem a Corte poderiam ser diversos, fama, poder, diversão, dinheiro; o céu era o limite quando se estaria no núcleo do poder. Durante o reinado do bon vivant Henrique VIII, o caminho de ascensão de uma dama de companhia, passou a representar uma nova janela rumo a um cargo muito mais alto, o de rainha consorte. Mesmo assim, os riscos eram diversos e como muitas saberiam, cabeças poderiam rolar. As damas de companhia que utilizaram sua posição, aliada ao coração de seus alvos, tornaram-se confidentes dos monarcas subsequentes, explorando sua proximidade ao trono e exercendo influência política.
O preço pago em troca deste acesso diário ao coração do poder, seria estar longe de casa por longos períodos de tempo. Você não conseguiria ver sua própria família ou, se fosse casada, criar seus filhos. Seu tempo não era mais seu. Você colocaria as necessidades de sua senhora e cargo, sempre antes das suas.
Vamos então entender e conhecer um pouco de como estas cativantes e complexas mulheres, desempenharam um dos papéis mais curiosos da Corte?
O que era uma Dama de Companhia?
Historicamente, governantes e membros da realeza sempre estiveram rodeados por sua Corte – uma comitiva de indivíduos que formaria um grande domicílio real. Os monarcas eram frequentemente entretidos pelos membros de sua corte, que iriam dançar, cantar, tocar instrumentos, jogar e participarem de outras atrações. Em troca de seus papéis como companheiros, os membros da corte receberam privilégios especiais e a melhor parte, o caminho mais rápido para os bem afortunados favores reais.
As Rainhas e mulheres membros da realeza, muitas vezes possuíam uma comitiva de damas prontas para ajudá-las em suas diversas necessidades, desde pessoais, até políticas. Elas seriam suas damas de companhia. Ao contrário do imaginário popular, apesar de servirem sua senhora, elas não eram servos. Portanto, não limpavam, cozinhavam ou assumiam trabalhos do funcionamento de um lar, como historicamente faziam os serviçais reais.
Uma dama de companhia da Corte Real, era designada para servir ou cuidar da Rainha, Princesa ou um nobre de alto patamar. Elas eram consideradas ”acompanhantes nobres”, que por seu status e nobreza, poderiam melhor acompanhar e aconselhar uma mulher da realeza. Elas eram selecionadas entre as damas de alto escalão de famílias nobres e desempenharam um importante papel na história de seus reinos, em especial, a Inglaterra.
O papel de uma dama de companhia inglesa, remonta à alta idade média. Esperavam que ela fosse virtuosa, inteligente, de boa índole e sem medo de oferecer seus honestos ou úteis conselhos à sua senhora. Seus deveres mudam e evoluem de acordo com a vontade do monarca reinante, ou rainha. Elas eram um importante membro da Corte Real, desempenhando um papel ativo ao participarem de várias atividades da Corte, desde entretenimentos – tais como mascaradas, músicas, danças, atividades como bordados, costura ou manuais – até serviços de estado. Era esperado que uma Dama de Companhia acompanhasse sua Rainha em suas frequentes procissões em toda a Inglaterra, participando de funções de Estado e ocasiões importantes, atendendo a todos os requisitos de sua senhora.
Muitas horas e dinheiro eram gastos planejando peças de teatro e outros entretenimentos. Sendo assim, o conhecimento de jogos – especialmente os de azar – eram bastante úteis para manter sua rainha ou princesa divertida e entretida. Entre outros serviços na Corte, estavam os seguintes passatempos ou entretenimentos:
Música: Era esperado que uma dama de companhia soubesse tocar os instrumentos mais famosos do período, como por exemplo, alaúde e mais tarde, virginal.
Dança: Era esperado que uma dama de companhia fosse proficiente em uma grande variedade de danças realizadas pelas classes altas, como Galharda, Pavana, Allemande e etc.
Animações da Corte: O primeiro evento que temos notícia de Ana Bolena como dama de companhia na Corte Tudor, foi em 01 de Março de 1522, em uma mascarada.
Leitura e bordados: Era esperado que uma dama de companhia soubesse ler (pelo menos um pouco). Como elas passariam muitas horas do dia em serviços manuais junto de sua rainha, elas teriam de saber bordar e costurar. Durante o reinado de Elizabeth I, circulou uma história de que Ana, enquanto rainha, instruiu suas damas à costurar camisas, assim como Catarina de Aragão fizera outrora. No entanto, desta vez elas não seriam para o rei e sim, entregues aos pobres. Ana e suas damas preenchiam Hampton Court com seus bordados e deram suas obras como presentes para família e amigos. Enquanto Rainha, os bordados de Ana quase sempre possuíam as iniciais H e A.
Como ocorria a seleção:
Onde havia uma rainha, havia sempre um requisito para as Damas de alto status atendê-la. Ser selecionada como uma dama de companhia, representava uma grande honra para a família da escolhida. Conforme dito acima, um dos principais fatores designatários, era o status da dama. Em sua maioria, elas não eram remuneradas, afinal de contas, era um privilégio ser escolhida e os favores reais e a estima do monarca ou rainha, poderiam representar muito mais que ganhos financeiros.
Ou seja, o salário não representava o fator que levaria um marido ou pai a empurrar suas esposas ou filhas para os serviços de uma rainha. Servir sua senhora significava uma maior proximidade íntima e estreitamento de laços de poder e status. Ser capaz de conseguir favores reais, ganhar a confiança de seu senhor, conseguir bons casamentos, ou apresentar uma petição em nome de sua família ou parentes, era umas das muitas vantagens que o cargo poderia dar à uma família.
Elizabeth I desempenhou um importante papel na seleção de suas damas de companhia. Elas foram selecionadas a partir de alto status, famílias nobres e amigos mais íntimos e confidentes da rainha. Elizabeth foi uma pessoa muito leal, que nunca esqueceu a bondade mostrada à ela durante os perigosos anos que passou antes de tornar-se rainha da Inglaterra. Suas damas de companhia mais próximas, portanto, foram selecionadas a partir destas mulheres confiáveis que soberana conhecera, independentemente do seu estatuto.
A Rainha Elizabeth possuía 28 damas de companhia. Cada uma das esposas de Henrique, tinha cerca de 33. Não é de admirar que a concorrência para estes cargos fosse feroz, especialmente para tornar-se Dama de companhia de uma rainha. A rainha normalmente escolhia suas damas, embora o Rei pudesse interferir se um favor fosse necessário à uma família nobre, ou uma mulher houvesse chamado sua ‘atenção’.
Graus de hierarquia:
Uma vez que estamos na Corte há, naturalmente, graus de hierarquia entre as damas de companhia. A Câmara Privada, são os quartos privativos da rainha. Ela marcava a fronteira entre a vida pública e pessoal de um monarca; institucionalmente, sua equipe servia os dois corpos do monarca: o ”corpo natural” e o ”corpo político”. Durante o reinado de Elizabeth I em 1559, ela separou, a Bedchamber (Quarto de Dormir) da Câmara Privada. Na Câmara Privada, ela recebia seus convidados de honra e embaixadores, além de realizar negócios com seus conselheiros e à noite, buscar entretenimento como música e jogos com suas damas. Só as senhoras mais graduadas tinham acesso à esta câmara. Já a Câmara de Presença, foi uma sala pública onde a rainha reuniria seus convidados políticos. Existiam vários níveis de damas de companhia, eles eram:
Dama de Companhia Real – Este era o nível mais alto. Elas eram selecionadas à partir das mulheres mais nobres da Inglaterra. Estas eram damas não pagas da Câmara Privada. Estas damas adquiriam status e poder político ao invés de dinheiro, tinham poucas funções além de fazer parte da comitiva da Rainha, a fim de impressionar dignitários visitantes.
Damas da Câmara Privada – Estas damas acompanhariam sua rainha em eventos mais íntimos, como por exemplo, em suas refeições privadas longe do olhar público, maquiagem, higiene e etc. Os servos comuns da câmara – que as atendiam – eram conhecidos como ‘chamberers’.
Damas do Bedchamber (Quarto de dormir) – Elas serviriam os mais íntimos requisitos da rainha. Geralmente eram quatro damas do quarto de dormir.
Damas de honra – O termo Maid (maid of honour – dama de honra), era designado geralmente para descrever uma dama de companhia solteira. Ela seguiria junto à comitiva da Rainha e atenderia à ela em público.
Há uma fascinante história de Lady Katherine Grey, que tecnicamente era herdeira da rainha Elizabeth. Henrique VIII tinha estipulado em sua Lei de Sucessão, que se Elizabeth não tivesse filhos, então a coroa iria para os herdeiros de sua irmã mais nova, Mary Tudor Brandon. A neta de Maria, foi a malfadada, Lady Jane Grey. A irmã mais nova de Lady Jane, foi Katherine.
Quando Elizabeth tornou-se rainha e enquanto ela permaneceu solteira e sem filhos, Katherine era sua herdeira – de acordo com os desejos de Henrique VIII. É importante dizer que, Katherine foi muito popular, especialmente entre os príncipes europeus e nobres ingleses. A atenção subiu à cabeça da jovem e desagradou Elizabeth, que não estava nada feliz com sua popularidade e proximidade ao trono.
Durante o reinado de Maria I, Katherine havia sido nomeada Dama do Quarto de dormir, como convinha à sua posição como prima da rainha e bisneta de um rei. Porém, quando Elizabeth subiu ao trono, ela rebaixou Katherine para Dama de Honra – o mais baixo nível entre as damas de companhia. Katherine então, queixou-se amargamente. Ela sabia que, como havia saído dos favores reais, sua posição consequentemente havia caído. Felizmente para Katherine, os ventos políticos mudaram de novo. Maria Rainha da Escócia, tornou-se uma ameaça maior do que ela. Para manter Katherine perto, Elizabeth restaurou (temporariamente) sua posição como Dama do Quarto de dormir.
Dos serviços à Rainha, ao leito Real – As Amantes:
Com demasiada frequência, o rei tomava conhecimento especial de uma das damas de sua Rainha. Porém, compartilhar o leito real não era uma opção aberta a todos; muitas damas chegavam à Corte com esperança de encontrar maridos, apenas para sucumbir aos constantes assaltos sobre suas virtudes, ou encontrarem-se sempre tendo a permissão de casar negada por seu soberano. Várias damas de companhia tornaram-se amantes reais, mostrando em sua maioria, poucos escrúpulos ao traírem as rainhas consortes que outrora haviam ostensivamente servido. No reinado de Charles II, a voraz Lady Castlemaine descaradamente acumulou uma fortuna e ostentava seu poder sobre o rei; menos afortunada foi a Condessa de Suffolk, oprimida amante de longa data de George II; constantemente humilhada tanto por ele, quanto por sua esposa.
Se elas não fossem casadas e eventualmente engravidassem – o que poderia acontecer -elas seriam rapidamente casadas com um cavaleiro ou nobre menor. Bessie Blount, dama de companhia de Catarina de Aragão, foi um exemplo disto. Ela deu à luz a Henry Fitzroy (Filho do Rei), bastardo de Henrique VIII.
Mesmo assim, algumas mulheres não eram tão discretas. Alice Perrers, dama de companhia da rainha Philippa, tornou-se a odiada e desprezada amante de Eduardo III. Nos últimos anos do rei, como ele estava cada dia mais fraco e impossibilitado, Alice exercia o poder real juntamente dele.
Deste modo, naturalmente haviam aquelas damas de companhia que usavam sua posição como um trampolim para tornarem-se rainhas. Ana Bolena, dama de companhia de Catarina de Aragão, Jane Seymour, dama de companhia de Ana Bolena, Catarina Howard, dama de companhia de Ana de Cleves, foram os mais conhecidos exemplos de que dividir a cama com um rei, poderia significar muito mais que simples recato e descrição. Henrique VIII, certamente vislumbrava as damas de companhia de suas esposas, como uma maneira de fugir de suas mulheres grávidas, dos protocolos da corte, mudar de ares e ostentar virilidade. É claro que entre tantos motivos, a paixão podia significar uma ótima desculpa para tomar uma nova esposa.
Vestuário:
Os trajes de uma Dama de Companhia, eram regidos pelas estritas leis suntuárias, que ditavam em quais materiais as roupas deveriam ser feitas e quem estaria autorizado à usá-las. Suas roupas também teriam de ser avaliadas por sua senhora, que designaria se eram ou não adequadas para uso. No reinado de Ana Bolena, suas damas vestiam-se de maneira mais provocante, muitas vezes usando o famoso capelo francês e decotes mais abertos. Já no reinado de Jane Seymour (talvez como uma tentativa de agir com cautela perante o comportamento de sua antecessora) as roupas eram mais recatadas e seguiam a moda inglesa do período. Algumas peles e cores eram de uso vetado para as damas e estrita à realeza, como o roxo e arminho, por exemplo.
Casamento e Gravidez:
Uma dama de companhia não tinha permissão para casar-se sem o consentimento prévio do rei e rainha. Era esperado que suas senhoras escolhessem os pretendentes e fizessem os casamentos de suas Damas. A rainha Elizabeth era conhecida por ser muito possessiva com as atividades de suas damas. Ela ficaria muito irritada caso uma delas se apaixonasse ou engravidasse de algum homem sem seu consentimento. Ela esperava devoção total e absoluta para tal serviço.
Durante o reinado de Elizabeth, as damas de companhia grávidas serviam a rainha até a reta final de suas gestações, quando retiravam-se para suas casas ou de suas famílias nas proximidades. Caso não houvesse nenhum local, elas iriam para uma casa de campo mais distante.
Mulheres em estágios avançados de gravidez, habitualmente se retiravam da Corte para um período conhecido como “confinamento”, que começava por volta de 40 dias antes do nascimento do bebê, ou estágio final dos últimos meses de gestação. Após o parto, elas permaneciam em repouso e reclusão por pouco mais de um mês, até que fossem novamente inseridas na Corte. Existem vários exemplos de mulheres que serviram a Rainha, até 30 dias antes de seu parto e depois, voltaram quase que imediatamente a seus serviços, após terem se recuperado e passado por uma cerimônia religiosa de purificação, conhecida como churching.
Katherine Howard Carey, depois baronesa Effingham: Dama de companhia de Elizabeth, deu à luz a seu filho William Howard, em 27 de dezembro de 1577. Ele foi batizado no dia 03 de janeiro de 1578, em Reigate, Surrey. Logo depois, no início de 1578, ela já estava de volta à seus serviços na Corte.
Importância:
Várias Damas de Companhia tornaram-se importantes figuras históricas. Muitas delas descreveram situações vívidas na Corte, geralmente seguidas de obras de arte e composições musicais. Algumas tornaram-se politicamente poderosas devido a sua proximidade do monarca, como no caso mais famoso de Ana Bolena, que ascendeu de Dama de Companhia à esposa do Rei Henrique VIII e mãe de Elizabeth I.
Lucy – Condessa de Carlisle, Dama do Quarto de dormir da esposa francesa de Charles I, Henrietta Maria, foi por um período a mais famosa conselheira da Rainha, mas em última análise traiu-a com seus inimigos no Parlamento. Cinquenta anos mais tarde, a dama e amiga íntima da Rainha Anne, Sarah Duquesa de Marlborough, perdeu o afeto da rainha, quando tentou impor sua vontade política para a soberana; ela viu-se superada quando a rainha novamente encontrou outra confidente e assistente do sexo feminino.
Já no reinado da Rainha Vitória, os políticos passaram a ficar inquietos pela forma como ela empregava suas damas para transmitir seus desejos, desrespeitando a autoridade ministerial de forma pouco compatível com a monarquia constitucional.
As mais famosas Damas de Companhia inglesa foram:
Katherine de Roet (Swynford): Ela casou-se com um cavaleiro chamado Hugh Swynford e tomou seu sobrenome, sendo mais tarde conhecida por ele. Sua irmã Phillipa, foi casada com Geoffrey Chaucer e ambas serviram como damas de companhia. Katherine tornou-se amante de John de Gaunt, com quem mais tarde acabaria casando-se. Seus filhos Beaufort, foram posteriormente legitimados. Ela foi ancestral direta de Elizabeth e Maria I.
Maria Bolena: Foi dama de companhia da Rainha Catarina de Aragão. Ela tornou-se amante de Henrique VIII. Seu papel como amante real, mais tarde fora reivindicado por sua irmã Ana Bolena.
Ana Bolena: Dama de companha da Rainha Catarina de Aragão. Ela casou-se com Henrique VIII, tornando-se então sua segunda esposa. Ana mais tarde seria mãe de Elizabeth I.
Jane Seymour: Dama de Companhia da rainha Ana Bolena. Ela casou-se com Henrique VIII, tornando-se então, sua terceira esposa. Ela seria mãe de Eduardo VI.
Catarina Howard: Dama de Companhia de Ana de Cleves. Ela casou-se com Henrique VIII, tornando-se então, sua quinta esposa. Mais tarde, foi executada por traição.
Jane Rochford: Dama de Companhia de Ana Bolena e Catarina Howard. Ela foi esposa de George Bolena e intimamente ligada às primas Howard enquanto rainhas. Graças a seu relacionamento com ambas, ela é acusada de ter levado-as rumo ao cadafalso, fim do qual também padecera.
Damas de Companhia no Período Elizabethano:
No reinado de Elizabeth I, algumas mulheres incríveis também destacaram-se na história. Colocaremos uma lista com breve explicação sobre cada uma delas:
Bess de Hardwick, Condessa de Shrewsbury (1521 – 1607) – Iniciou sua vida relativamente pobre. Ela casou-se quatro vezes, tornou-se uma das damas de companhia da rainha Elizabeth e ascendeu ao status de uma das mulheres mais poderosas do período Elizabethano.
Lettice Knollys 1540-1634 – Dama de Companhia de Elizabeth, casou-se com o favorito da Rainha, Robert Dudley – Conde de Leicester, em segredo.
Margaret Radcliffe (1577 – 1599) – Dama de Companhia e Dama de Honra de Elizabeth.
Margaret Russell (1560 – 1616) – Dama de Honra da rainha Elizabeth.
Kat Ashley – Fiel serva da rainha Elizabeth desde que ela era criança. Kat Ashley tornou-se Dama do Quarto de Dormir.
Catherine Carey – Era filha da irmã de Ana Bolena, Maria Bolena e prima da rainha Elizabeth. Ela casou-se com Francis Knollys e tornou-se Dama-chefe do Quarto de Dormir.
Blanche Parry – Cuidou de Elizabeth desde a infância e tornou-se Dama do Quarto de Dormir.
Anne Russell – Dama de honra e dama de companhia da rainha Elizabeth. Ela casou-se com Ambrose Dudley, irmão de Robert Dudley, Conde de Leicester.
Elizabeth Throckmorton – Foi Dama de Companhia e Dama de Honra de Elizabeth. Mais tarde ela casou-se com Sir Walter Raleigh.
Lady Elizabeth Tyrrwhit – Lady Elizabeth Tyrrwhit era o Dama de Companha-chefe da Rainha Elizabeth.
Anne Vavasour – Dama de Companhia de Elizabeth e amante do Conde de Oxford.
Frances Walsingham – Foi uma Dama de Companhia de Elizabeth e esposa de Sir Philip Sidney. Seu segundo marido foi o Conde de Essex.
Elizabeth Brydges – Foi filha de Giles Brydges, o terceiro barão de Chandos. Ela foi dama de honra Elizabeth e estava na Corte em 1603 quando a rainha morreu e consequentemente, em seu cortejo fúnebre.
Atualmente:
Hoje em dia, ser uma dama de companhia é muito diferente dos tempos passados. A maioria delas lidam com a correspondência da rainha e viajam com ela em seus compromissos. Muitas vezes, podemos vê-las segurando buquês de flores e presentes que a rainha recebe em suas visitas oficiais. Costura, bordados e carteados, já não são habilidades necessárias.
Sua Majestade, a Rainha Elizabeth II, tem nove damas de companhia. Diana, Princesa de Gales, tinha oito, a princesa Real tem onze, Camilla, Duquesa da Cornualha tem três e Sophie, Condessa de Wessex, uma.
Os membros mais jovens da realeza, as princesas de York e a Duquesa de Cambridge, não possuem damas de companhia. Atualmente, esta tradição de séculos de idade parece ser um tanto antiquada em nosso mundo moderno. A realeza atual tem outras preocupações e busca sempre cortar gastos com suas damas de companhia, embora a maioria, como sempre, esteja em busca não de dinheiro, mas sim de prestígio. As damas de companhia representaram um espelho de ascensão dentro de uma sociedade que pouco vislumbrava o engrandecimento social longe do berço. Graças à estas mulheres, o mundo mudou de algum modo, tendo deixado suas pegadas para sempre na história.
Fontes:
Lady in Waiting – Sommerset, Anne: Compre AQUI.
Elizabethan Era: AQUI.
E-Royalty: Aqui.
Birth, Marriage, and Death: Ritual, Religion, and the Life Cycle in Tudor and Stuart England; David Cressy: Compre AQUI.
Muito bom o artigo!!!!
Que bom que gostou, Fabiane. Ficamos felizes! 🙂
Gostei muito!
Que bom que gostou, Sarah. Seja bem-vinda! 🙂
Parabéns pelo site. Gosto de pesquisar sobre a coroa inglesa e não tem lugar melhor pra saber sobre isso do que nesse site. Você escreve muito bem
Muito obrigada, Tamires. Ficamos muito felizes com isso! ❤