No dia 16 de Julho de 1557 – 17 anos após seu divórcio de Henrique VIII – Ana de Cleves, antiga rainha da Inglaterra, morrera aos 41 anos de idade, em Chelsea Old Manor. A úmida Chelsea – cuja palavra origina-se de um termo inglês antigo, para local de desembarque de um rio – delimitada ao sul pelo rio Tâmisa, fora o local em que Ana estabelecera-se pouco antes de falecer e muito deve tê-la lembrado, seus pacatos dias em Cleves – local estratégico nas encostas do rio Reno. A mansão palaciana inglesa, fora o lar temporário de Elizabeth I e um dos locais favoritos de Catarina Parr.
Ao contrário do que gostaríamos de acreditar, os últimos anos e morte de Ana de Cleves, não foram nada fáceis ou tranquilos. Ela encontrou inúmeros empecilhos ao gerir seus próprios bens, que consequentemente, representaram desagradáveis contratempos à uma mulher já cansada e de ego ferido.
Últimos anos e conflitos:
Em seu acordo de divórcio, para usufruir dos bem legados à ela, subentendia-se que permanecesse na Inglaterra. Porém, esta cláusula no assentamento sempre irritara Ana, que queria ter a liberdade para voltar a seu país, se assim achasse necessário. Infelizmente, de nada adiantaria seu retorno à Cleves, se ao invés de uma rica viúva, ela nada mais fosse, que uma divorciada falida, tendo que depender da boa vontade e manipulação emocional de seu irmão, William. Ana então tentou chegar à uma solução. Como acreditava ser a legitima esposa de Henrique VIII, ela desejava ter seu casamento declarado legitimo e tornar-se sua viúva. Uma jogada esperta, pois como viúva, Ana poderia voltar para Cleves, enxugando seu orgulho e rejeição para toda sua família, que antes tanto a julgara. Temos um documento do início do reinado de Maria I, onde o Embaixador Imperial, explica o fato, em outubro 1553: –
”Minha senhora Ana de Cleves, está tomando medidas para obter seu casamento com o falecido rei Henrique VIII, declarado legítimo, para que ela possa aproveitar o dote, tratamento e prerrogativas de uma viúva rainha da Inglaterra. Ouvimos dizer que o caso será adiado até mais tarde, pois existem outros assuntos mais urgentes e importantes para serem resolvidos e decididos”.
Não era para ser. O conselho não tinha tempo para seus pedidos, tampouco a rainha. Talvez – como um último golpe de aceitação – em abril 1554, ela fora informada do falecimento de sua irmã e cunhado, Sybilla e John Frederik da Saxônia. Embora não saibamos se Ana conheceu John e o contato exato que mantinha com a irmã (a quem não via desde a infância), este era mais um sinal de que seus laços com o país que nasceu e morou, foram totalmente rompidos. Não havia por que ou quem voltar.
Sem esperanças de retornar ao seu país, Ana voltou suas atenções e preocupações para sua casa real. Para seu desgosto, inúmeros problemas seguiram-se à partir de então. O primeiro fora com um de seus favoritos, Florence de Diaceto, a seu serviço desde que chegara à Inglaterra. A rainha não confiava nele, sendo considerado um encrenqueiro, por ela e seu conselho. Ele fora demitido de seu cargo no conselho, privado de sua pensão e avisado para ficar longe da Inglaterra, algo que deixou Ana profundamente ressentida.
Logo depois, houve uma amarga intervenção de seu irmão William, nos assuntos de dentro de sua própria casa. Ele obrigara a irmã, a demitir um de seus empregados – Jasper Brockehouse – por este ter causado conflitos diretos com seu primo gastador, o Conde de Waldeck. Waldeck fora um convidado bastante caro na casa de Ana, e ao perceber isto e avisar sua senhora, Brockehouse comprou briga com a pessoa errada. Ao deixar a Inglaterra, Waldeck convenceu William a obrigar Ana a demitir Brockehouse, algo que ela prontamente recusou-se a fazer. O caso foi parar aos cuidados de Maria I e seu marido Filipe da Espanha, cuidou pessoalmente do problema, escrevendo ao Conselho na Inglaterra e pedindo-lhes para intervir. Eles foram capazes de assegurar-lhe que: –
A respeito do pedido do Duque de Cleves para retirar Jasper Brockehouse, sua esposa, e outro dos serviços de Lady Ana de Cleves: a rainha desejou-nos ter um cuidado especial com isto, nós já começamos a nos informar em que, como sua e vossa majestade sugerem, isto confere uma pequena ofensa à Lady Ana, e por isto, deve ser como o Duque requere. Nós acreditamos em poucos dias, dar um fim a isto.
Considerados culpados, eles foram obrigados a deixar os serviços de Ana, assim como o país o quanto antes; deixando sua senhora desgostosa e incapaz de interferir na causa de sua própria casa; um belo baque emocional. O golpe final em sua boa vontade, fora ver que, em um país que caminhava para o futuro, ela fora vista apenas como uma mera e cansada lembrança do passado da Inglaterra, em suas tantas tentativas de manter sua casa e lutar por seus direitos.
Doença e Morte:
Por trás de tantos acontecimentos, Ana havia tido problemas de saúde há algum tempo. Assim como Catarina de Aragão, a saúde de Ana experimentou um rápido declínio, fazendo com que estivesse ruim durante a maioria da primavera, e no final de Abril de 1557, ela já estava muito doente. Naquela primavera, ela havia mudado-se para Chelsea, e enquanto estabelecida lá, definhou mais e mais, até que no dia 12 de julho, ela fora levada a seus aposentos, consciente de que estava morrendo. Ela estava ao lado de seus funcionários e companheiros mais próximos e fora neste dia que dedicou seus últimos momentos a elaborar seu testamento: –
Nós, Anna, filha de John, antigo Duque de Cleves, e irmã do excelente príncipe William, agora reinando como Duque de Cleves, Gulich (Juliers) e Barre; doente em corpo, mas sã em mente e memória, graças a Deus todo poderoso, declaro esta, como nossa última vontade e testamento. Primeiro, vamos entregar e legar nossa alma à Santíssima Trindade, e nosso corpo a ser enterrado onde possa agradar a Deus. Em segundo lugar, nós mais humildemente rezamos a nossos executores (do testamento), a serem humildes pretendentes para conosco; e em nosso nome, para a mais excelente rainha, que nossas dívidas possam ser verdadeiramente contentes e pagas a cada um dos quatro credores, e que assim eles vejam, que a mesma justiça respondera para nossa quitação.
Ana legou bens à todas a pessoas, tanto de sua família, quanto de convívio. Ela deixou dinheiro para suas damas Susan Boughton e Dorothy Curzon, que naquele momento, estavam ambas casando-se. Legou ajuda financeira para as pessoas que cuidaram dela, criadoras, yeomen, tratadores e as crianças da casa, listando todos os membros por nome. Ana lembrou de sua família e amigos, dando a seu irmão, cunhada e irmã mais nova, anéis preciosos. Ela também deu um anel para Catarina, Duquesa de Suffolk, que conheceu anos antes. Outro detalhe interessante, conforme aponta a historiadora, Elizabeth Norton em sua biografia de Ana, foi o anel concedido à Condessa de Arundel, que talvez, tenha sido adquirido das jóias de Jane Seymour, quando ela chegou pela primeira vez na Inglaterra. Ele trazia as iniciais ‘H’ e ‘I’ (Henricus e Ioana = Henrique e Jane em latim). Ela lembrou-se também – talvez como modo de mostrar seu perdão – de seu primo, o encrenqueiro Conde de Waldeck, legando-lhe também um anel.
Ana fez doações ao pobres de Betchingley, Richmond, Hever e Dartford, locais onde morou. E por fim, lembrou-se de suas duas queridas ex-enteadas. Ela legou à Maria e Elizabeth, ”sua primeira e segunda melhor joia” respectivamente, e como recompensa por tais presentes, ela pediu que Elizabeth tomasse uma de suas empregadas em serviço, e Maria, se certificasse de que seus funcionários fossem recompensados pelo longo serviço dedicado à ela.
Ana mantinha contato com as filhas de seu ex-marido, em especial, Maria – agora coroada Maria I da Inglaterra – que a fez converter-se ao catolicismo, religião na qual permanecera até sua morte. Levando em conta que a marca que o protestantismo alemão de sua família deixou nela, fora suave – especialmente por sua mãe ter sido católica devota – é improvável que tenha sido custoso para Ana, converter-se à ”Antiga fé”. De mesmo modo, é altamente improvável que a conversão houvesse ocorrido, se Ana não tivesse corretamente adivinhado, que era isto que a nova rainha gostaria. Ela era acima de tudo, uma mulher politicamente pragmática, que sabia o preço que uma pessoa pouco cautelosa, poderia pagar por suas atitudes. De qualquer forma, ela foi feliz em sua nova ”antiga fé”, morrendo uma cristã praticante.
Ana permaneceu os dias que seguiram-se, em sua cama em Chelsea, cercada de família, amigos que amava e servos que a queriam tão bem. Finalmente, no dia 16 de Julho de 1557, a fraca Ana, silenciosamente escorregou sua mão das de sua dama, que a estava segurando. Foi uma morte tranquila, que causou pouca comoção na Inglaterra. Porém, que deixou seus amigos, familiares e servos, extremamente entristecidos.
Preparativos e funeral:
Poucas horas após sua morte, sinos tocaram avisando que Ana deixara este mundo. Seu corpo foi então, conforme o costume do período, embalsamado, provavelmente com ”especiarias, como cravo, óleo de bálsamo, estopa, mirra e o doce cheiro de nigella” e vedado em um caixão. O caixão foi coberto com um pano de ouro, decorado com seus brasões de armas. O diarista residente em Londres, Henry Machyn, descreve os momentos de seu funeral, quase um mês depois:
“No terceiro dia de agosto, minha senhora Ana de Cleves, em algum momento esposa do Rei Henrique VIII, veio de Chelsea para ser enterrada em Westminster, com todos os filhos de Westminster e muitos padres e funcionários; seguidos do amicto cinza de Paulo, três cruzes e monges de Westminster. E meu senhor bispo de Londres e senhor abade de Westminster, montaram juntos; ao lado dos monges, à seguir, os dois executores, Sir Edmond Peckham e Sir [Richard] Freston, principal oficial da rainha da Inglaterra; em seguida, meu senhor almirante e meu Lord Darcy de Essex e muitos cavaleiros e senhores. A seguir, seus servos e depois, sua bandeira de armas, e então seus senhores e seus oficiais principais e depois, sua carruagem com oito bandeiras de armas de diversos brasões e quatro estandartes de tafetá branco, confeccionados com ouro fino e brasões. Seguiram assim por St. James e Charing Cross, com cem tochas queimando, transportadas por seus servos; e os doze pregoeiros de Westminster, com novos trajes negros (feitos com tecidos cedidos pela própria Ana). Eles tinham doze tochas acesas e quatro ramos brancos de círio com galhos; em seguida, damas e senhoras em trajes negros, seus cavalos, e oito arautos de armas em negro e seus cavalos; armas solenes sobre a carruagem fúnebre, à frente e atrás, e quatro arautos levando quatro bandeiras brancas. E na porta da igreja, todos pararam, recebendo a boa senhora, meu senhor de Londres e meu senhor abade em suas vestes cerimoniais e mitras, incensando-a. E ali, homens a levaram em um dossel de veludo negro com quatro mastros negros e assim, transportando-a para a carruagem fúnebre com cantos fúnebres à noite, com velas acesas.”
No dia seguinte, Machyn tornou a explicar em seus diários, o ocorrido, durante o sepultamento de Ana na Abadia de Westminster:
No quarto dia do mês de Agosto, foi a Missa de Réquiem para minha senhora Princesa de Cleves e filha do Duque de Cleves. E lá meu senhor abade de Westminster, proferiu um formoso sermão como sempre fora feito, e em seguida, o bispo de Londres cantou a missa em sua mitra. Depois da missa, meu senhor bispo e meu senhor abade, incensaram o cadáver. Depois disto, ela foi levada para seu túmulo, onde ficou envolta em tecido de ouro. Então, todos os seus oficiais-chefes, quebraram seus mastros e seus guardiões, suas varas (simbolizando o final de seu emprego para com sua senhora) e as jogaram dentro de seu túmulo, e cobriram seu cadáver com tecido negro. Todos os senhores e senhoras, cavaleiros, cavalheiros e damas, fizeram fizeram sua oferta (de flores). E depois da missa, um grande jantar (foi realizado) para meus senhores. E minha Senhora de Winchester, fora a chefe enlutada. Meu senhor, o Lord Darcy, seguiu Lady Winchester para todos os lados. E assim, eles foram jantar.
Causa da Morte:
A provável causa da morte de Ana, segundo muitos especialistas e historiadores apontam, foi câncer. Como ela já era considerada uma mulher de idade para o período – 41 anos – quando faleceu, não fora necessário um exame mais amplo da causa mortis, pois muitas ricas senhoras e donas de terras, morriam em idade aproximada – e devido ao pobre estudo médico do período, muitas vezes considerado como velhice.
Outros fatores que sustentam a suspeita de câncer, é que Ana já havia passado por problemas de saúde há algum tempo, que fora progredindo gradualmente, assim como Catarina de Aragão – cuja causa atual mais aceita de sua morte, foi um sarcoma melanótico secundário. Ana adoeceu no final de Abril, estando acamada em julho e morrendo dia 16, isto prova que não padecera de um mal súbito, como por exemplo, Margaret Tudor, irmã de Henrique VIII, morta por um forte derrame.
Ana morreu oito semanas antes de seu quadragésimo segundo aniversário. Após a anulação de seu matrimônio, ela e Henrique tornaram-se bons amigos. Como morrera sem deixar filhos, todos os bens como terras e palácios, que Ana cuidou e zelou por tantos anos, foram novamente revertidos à coroa – algo comum no período.
Por sua vez, Maria assegurou e custeou à Ana, o incrível e exuberante funeral e tumba na Abadia de Westminster. Enquanto Maria dispôs de um bom relacionamento com duas outras madrastas – Jane Seymour e Catarina Parr – seu relacionamento com Ana foi muito mais próximo que com as outras duas mulheres – embora tenha definhado por motivos políticos nos últimos anos de sua vida. As duas mostraram ter muito em comum: sempre foram subestimadas, sofreram enorme rejeição de suas famílias e maridos, e encontraram juntas, uma bela companhia e respeito mútuo.
Após seu casamento com Henrique, talvez por nutrir esperanças de uma nova união com o monarca, ou por repugnar ser novamente controlada por homens em sua vida, ela não casou-se novamente. Algo incomum para uma mulher no período, principalmente de seu status e poder.
Ela considerava-se mãe das filhas de Henrique, Elizabeth e Maria, as quais visitou sempre que pôde, até o final de sua vida. Devido a isto, ela pôde não ter sentido a necessidade de ter seus próprios filhos. Mesmo assim, ela parecia a todos, ser uma mulher muito feliz e satisfeita com o rumo que tomou de sua vida.
Atualmente, o túmulo de Ana de Cleves encontra-se perto do santuário de Eduardo o Confessor, na tão visitada Abadia de Westminster. Ele encontra-se ao lado sul do altar-mor e seu monumento é uma estrutura de pedra baixa em três seções, com esculturas mostrando as iniciais AC com uma coroa, cabeças de leões e crânios com ossos cruzados (memento mori e símbolos da mortalidade humana). Ele fora provavelmente feito por Theodore Haveus, de Cleves, mas nunca foi terminado. Talvez a parte mais conhecida de seu túmulo, seja a parte de trás, que tem sido quase sempre obscurecida por monumentos posteriores. A inscrição na parte de trás, visível à partir do transepto sul, lê-se: “Ana de Cleves – rainha da Inglaterra. Nasceu em 1515 – Morreu em 1557”, mas a última, não fora adicionada até a década de 1970.
Ana hoje descansa no local onde poderia ter sido coroada, se seu matrimônio houvesse durado um pouco mais. Ela foi a última das seis esposas de Henrique VIII a morrer (embora não fosse a que mais viveu: Catarina de Aragão) e a única a ter sido sepultada ao lado de grandes reis ingleses – como suas enteadas que um dia tanto amou, Maria e Elizabeth – na Abadia mais famosa da Inglaterra.
É necessário salientar – antes de partirmos à uma conclusão – que a morte de Ana, não fora prematura. A taxa de mortalidade em meados dos 40 anos no período Tudor, era algo comum, tendo sido considerado inclusive, morte por velhice (embora pessoas pudessem viver mais, ou menos dentro do mesmo período). Sobre um balanço geral de sua vida, a partir de registros primários, como cartas enviadas à suas enteadas e relatos de seu visitantes, Ana era uma pessoa feliz, e embora seus últimos anos tenham sido difíceis, foi uma vida muito boa considerando o conflituoso período da pós-reforma em que vivera: ela tinha dinheiro, geria pessoalmente seus bens, gozava de boa companhia e amigos fiéis -algo raro – e o divórcio, por mais custoso que tenha sido, garantiu-lhe tudo isso, e nunca saberemos exatamente, quais os reais sentimentos dela sobre afastar-se de Henrique (em minha sincera opinião, foi alívio). Ana foi uma mulher empoderada, não aceitava engolir ordens, mas sabia muito bem a hora de tirar seu time de campo e agradecer sua sorte; era uma mulher que sempre via o copo como ”meio cheio”. Sua vida fora muito boa, ainda mais se considerarmos a sorte de suas antecessoras e predecessoras. A velha canção existe, e não nos deixa negar: ”divorciada, decapitada e morta, divorciada, decapitada, sobreviveu…”
Conclusão:
Ana de Cleves era uma mulher boa e pessoa agradável. Qual o problema nisto? Bem, simplificando: Para a opinião popular, boas mulheres não ganham grandes holofotes na história. Ana não chocou a cristandade, não teve affairs escandalosos, não peitou de frente seu marido, não discutiu religião e teologia com ele; ela apenas viveu sua vida – e muito bem, obrigada. Ela era uma boa senhora para seus servos, gostava de crianças, amava a jogatina, passatempos e cerveja inglesa. Quis libertar-se do cárcere em vida na qual era mantida em sua terra natal, quis mostrar a que veio. Ela foi muito feliz na Inglaterra, como talvez nunca pudesse ter sido na Alemanha. Ela tinha uma personalidade forte, pouco inclinada a gostos femininos – como estar na última moda – amava gerir seus próprios bens e administrar tudo o que lhe fora dado, tinha o pulso firme do continente. Pessoas assim, vivem felizes e plenamente, mas não costumam ganhar os holofotes históricos com seus dramáticos fins conturbados e sim, morrer em uma cama quente e gostosa, ao lado de pessoas queridas. Mas quem disse que todas as mulheres precisam necessariamente desta fama e visibilidade histórica? Elas podem inspirar grandes histórias; e com a ajuda e suporte que dava à suas enteadas, amigos e família, Ana sem dúvidas o fez. E em um século que talvez produziu tantos grandes homens e mulheres famosas, talvez sua personalidade amável, gentil, firme, maternal e caridosa, tenha certamente sido seu eterno legado.
Descanse em paz, querida Ana de Cleves.
FONTES:
Anne of Cleves – Henry VIII’s Discarded Bride; Norton, Elizabeth – Amberley Publishing, First edition 2010.
Gareth Russell Cidevant: AQUI.
Westminster Abbey: AQUI.
London Provisioners Chronicle 1550-1563: AQUI.
Ana de Cleves é a minha rainha favorita.