Elizabeth I é até hoje, uma das monarcas mais exibida em retratos da história britânica. Uma infinidade de retratos da icônica Rainha Virgem, adornam galerias, casas senhoriais e coleções particulares em todo o mundo. Cada um foi analisado e discutido por biógrafos e historiadores da arte, desde sua morte, em 1603. Imagine então, o nosso entusiasmo quando descobrimos um retrato que até então, tem sido negligenciado.
Em Boughton House, Northamptonshire, na coleção particular do Duque de Buccleuch, paira uma pintura que não está em exposição pública e nunca antes fora reproduzida. Mostra Henrique VIII, juntamente com seus três filhos e seu bobo da Corte, o leal Will Somers ao fundo. No extremo direito da imagem, mais distante de seu pai (e simbolicamente do trono), está a própria princesa Elizabeth em sua pré-adolescência.
A descoberta foi feita graças à equipe de Boughton House, e em particular seu diretor, Gareth Fitzpatrick, que sabia que havia uma procura em retratos de Elizabeth I. Assim que uma foto do retrato fora enviada aos pesquisadores, eles perceberam que estavam olhando para um achado muito importante: um retrato perdido de Elizabeth I como princesa. Este acabou por ser apenas o começo de uma notável jornada histórica. Ao reunir provas disponíveis, incluindo retratos comparáveis do período, eles foram capazes de contar a fascinante história de uma pintura, que até então, permaneceu escondida aos olhos do público.
Os retratos sobreviventes de Elizabeth I antes de sua coroação em 1558, são raros. Até a descoberta Boughton, apenas dois eram seguramente dela. Um deles, é o que ela aparece com cerca de dez anos, na imagem do núcleo familiar de Henrique VIII, agora em Hampton Court. Há também um belo retrato dela no castelo de Windsor, usando um vestido de damasco rosa. Ele está registrado no inventário de Henrique VIII de 1547, e provavelmente fora pintado por volta de 1546, talvez pelo pintor da corte, William Scrots.
Existem também, várias versões de um retrato de meio comprimento de uma jovem mulher que também pode ser identificada como Elizabeth, em Syon House, Audley End House e nas Galerias Berry Hill em Nova Iorque. Neste tipo de retrato – provavelmente datando do início e meados da década de 1550 – a retratada aparece trajando uma escura roupagem discreta de uma virtuosa donzela protestante – traje que Elizabeth notoriamente usou durante o reinado de seu meio-irmão Eduardo VI, para ajudar a restaurar sua reputação, após o escandaloso suposto affair com Thomas Seymour.
O retrato Syon House, tem sido tradicionalmente identificado como de Lady Jane Grey, mas o historiador e especialista em retratos Tudor, Sir Roy Strong, identificou em boas razões, como Elizabeth, em 1969. O retrato quase idêntico em Audley End, é rotulado mais tarde como Jane, porém, o retrato Berry Hill, tem sido identificado como Elizabeth. Intimamente relacionado com estes em sua aparência, ele é um retrato de rosto completo de Elizabeth I em Hever Castle, pintado provavelmente, pouco tempo após sua adesão, em 1558. Este por sua vez, carrega semelhanças com uma miniatura de Elizabeth em vestes de coroação, que data de 1570 à 1559, na coleção do Duque de Portland. Uma versão inferior posterior deste, está no National Portrait Gallery.
Essencialmente então, há dois tipos comprovados de retratos de Lady Elizabeth, como era conhecida antes de sua adesão. É certo então, que o retrato Boughton, constitua uma adição historicamente significativa a este corpo de trabalho. Por ser praticamente desconhecido, ele nunca foi objeto de análise aprofundada por historiadores ou especialistas em arte. No entanto, este retrato incorpora uma importante imagem, até então desconhecida de Elizabeth I quando adolescente – um achado emocionante em si. Ele também apresenta marcantes semelhanças com o grupo inconclusivo de retratos identificados em Syon House, Audley End e Berry Hill, e pode resolver o mistério do retrato de uma dama desconhecida no National Portrait Gallery, que tem intrigado os historiadores de arte durante gerações.
O retrato Boughton, foi feito por um seguidor desconhecido de Hans Holbein e William Scrots. Na opinião da historiadora de arte, Linda Collins, é uma pequena cópia (que data de 1650-1680, com base em sua moldura e tratamento do dossel e cortinas ao fundo) de uma pintura de painel original.
O Menino-Rei:
Este original, quase certamente fora pintado no final do reinado de Eduardo VI, no início da década de 1550. Esta data é sugerida pelo fato de que o jovem rei, é mostrado no centro da imagem, sua figura é maior do que as de suas irmãs mais velhas, e sua imagem é baseada nos retratos documentados, feitos pelo artista da Corte, William Scrots por volta de 1550-1552, de que existem muitas cópias. Se a pintura original, fosse de uma data posterior, após 1553 – ano da morte de Eduardo – ela então, certamente teria Maria I ou Elizabeth I como figura proeminente.
À esquerda da imagem, aparece o pai de Eduardo, Henrique VIII, cuja figura é baseada no estilo do retrato dos últimos anos do monarca – atribuído a Hans Holbein e pintado por volta de 1543 – que está em Castle Howard. No retrato Boughton, Henrique veste um traje semelhante e tem a mesma pose, segurando um cajado na mão esquerda e uma luva em sua direita. No entanto, ele parece mais velho do que na pintura de Holbein.
À direita do retrato Boughton, estão as filhas de Henrique, Maria e Elizabeth. Suas posições na sucessão (e afeto de seu pai) sempre foram precárias, e ambas tiveram de suportar a indignidade de serem rotuladas bastardas, quando Henrique declarou seu casamento com Catarina de Aragão e em seguida, Ana Bolena, inválido. No entanto, graças talvez em grande parte, à influência benigna de sua sexta e última esposa, Catarina Parr, as duas filhas foram restauradas para a sucessão, em 1544. Embora ambas se tornassem rainha reinantes, elas aparecem em muito menos destaque aqui, um retrato que deve ter sido pintado na época em que seu irmão Eduardo, estava confiante de crescer, casar-se e produzir herdeiros reais, que as deslocariam na sucessão.
A imagem de Maria não é baseada em nenhum retrato conhecido, embora existam algumas semelhanças com outros retratos dela, pintados pouco tempo depois, quando tornou-se rainha. A imagem de Maria, é portanto, uma significativa descoberta, pois não existe nenhum outro retrato seu, datado do segundo semestre do reinado de Eduardo.
Como já dissemos, a imagem de Elizabeth também é significativa – principalmente devido à sua semelhança com o pequeno retrato circular de uma jovem dama no National Portrait Gallery (o NPG 764). Ambas as retratadas, vestem um traje quase idêntico; existem fortes semelhanças no maxilar, boca e nariz; e se os cabelos e olhos diferem um pouco, isto pode também ser devido ao fato de que o NPG 764, foi altamente retocado. Em todo modo, ele fora recentemente limpo e restaurado, e a semelhança agora, é mais impressionante que antes. Isso tudo sugere, que a Elizabeth de Boughton, pode derivar do NPG 764 ou outra versão do mesmo, e que este era um tipo conhecido retrato da princesa.
O retrato NPG 764, foi originalmente identificado como Lady Jane Grey, em 1887, quando foi comprado pela galeria. Esta identificação foi aceita até 1963, quando Sir Roy Strong, colocou em dúvida sua identidade. Nos retratos de Elizabeth I, Strong sugeriu uma ligação entre o NPG 764 e outros retratos da jovem Elizabeth. No entanto, em 1969, em análises de retratos Tudor e jacobinos, ele afirmou que era menos inclinado a apoiar esta identificação – e a dama vem desde então, sendo considerada como desconhecida. Há outros retratos de Elizabeth como uma jovem rainha, que possuem semelhanças com ambos NPG 764 e o Boughton. Bem como dois desenhos de 1560 nos fólios de Receuil d’Arras, há uma gravura de 1559, por Franz Huys, o retrato no Castelo de Hever mencionado acima, e duas miniaturas de Elizabeth I por Levina Teerlinc.
Uma versão mais conhecida de Boughton, esteve pelo menos desde 1733 até a década de 1980, em Althorp, a casa da família Spencer, que fica bastante próxima à Boughton. Ela encontra-se agora, na coleção da Fundação Sarah Campbell Blaffer no Texas. Como Boughton, este é um retrato composto, embora nesta versão, Eduardo e Elizabeth estejam faltando. Outra grande diferença, é que a imagem de Henrique, não deriva do último retrato de Holbein dele, mas à partir de um dos primeiros retratos dele do rei, pintado de corpo inteiro, parte do famoso mural de Whitehall, em 1536.
Este retrato, tornaria-se o mais célebre de Henrique VIII, e foi a mais poderosa expressão visual da iconografia da Nova Monarquia e Real Supremacia da década de 1530. Estando cara a cara com ele na câmara privada, em que dominava o ambiente, os observadores sentiriam-se “envergonhados e aniquilados”. Era efetivamente o primeiro retrato de estado; seis cópias de comprimento total do mesmo sobreviveram, e inúmeras versões com metade do comprimento. Houve uma grande demanda de cópias, por sujeitos ansiosos para proclamar sua lealdade para com a nova ordem.
A imagem de Maria no retrato de Althorp, também é baseada em um retrato de estado, o pintado pelo artista espanhol Antonis Mor em 1554, dos quais existem três versões principais (no Prado, Madrid; Castle Ashby, Northamptonshire, e no Isabella Stewart Gardner Museum, em Boston). Há outras versões inferiores, mas este é um dos principais tipos de retrato da católica Maria I, e seu uso como base para a sua figura no retrato Althorp, sugere fortemente que a imagem deve datar de seu reinado (entre 1554, o ano do retrato de Mor e 1558). Esta teoria é apoiada pela ausência do protestante Eduardo VI e da politicamente e doutrinariamente suspeita Elizabeth, que estava muitas vezes afastadas, durante o reinado de Maria.
Um Bobo e seu Retrato:
Uma importante ligação entre os retratos de Boughton e Althorp, é Will Somers, bobo da Corte de Henrique VIII, que aparece em ambos. O fato destes retratos uma vez estarem expostos poucos km um do outro, pode ser mais que apenas coincidência, uma vez que Somers tinha ligações com a família Fermor que viveu há cerca de 10 milhas ao sul de Althorp em Easton Neston. Somers poderia ter encomendado ambos os retratos, mas a versão original do retrato, não estava em Boughton no século XVII, quando apenas seis grandes retratos foram registrados como expostos na casa.
Ele pode no entanto, ter sido mantido em um dos outros imóveis de propriedade da família Montagu – Ditton Park em Buckinghamshire ou Montagu House, em Londres – e pode inicialmente, ter vindo de Barnwell ou Hemington, duas casas em Northamptonshire que foram dos Montagues no século XVI. Por outro lado, ele pode ter sido propriedade de alguém – talvez do próprio Somers? – E só mais tarde, adquirido pelos descendentes de Montagu. O maior colecionador da família, era Ralph Montagu, o primeiro Duque de Montagu (1638-1709).
Somers aparece como um homem mais velho no retrato de Althorp. Enquanto ele é mostrado com uma linha de recuo de cabelo (careca) na pintura Boughton, este detalhe fora substituído com um gorro na versão Althorp. Ele tem um pequeno cão, que não aparece em Boughton, e parece estar segurando algo – talvez um bastão – mas isto parece ter sido apagado. Na realidade, a totalidade do fundo é simples, e a cortina rosa ou ‘dossel de estado’ mostrada em Boughton, está ausente (pode também ter sido apagada). Esta cortina, não tem semelhança com os dosséis de estado que aparecem nos retratos Tudor; e pode ser uma cortina de cama ou cortina comum, e o estilo em que está pintada, pertence mais ao século XVII, que XVI.
Os retratos Tudor da família real, foram pintados geralmente para fins de propaganda. O de Hampton Court, mostra um Henrique VIII entronado no Palácio de Whitehall, com seu herdeiro, o príncipe Eduardo, e a mãe dele, Jane Seymour, que aparece postumamente. Além dos dois pilares de enquadramento a este grupo central, de pé, uma em cada lado, estão as filhas do rei, Maria e Elizabeth, suas posições fora do círculo interno, refletem a bastardia.
Tanto este retrato, quanto o mural perdido de Holbein de Whitehall, que mostrava Henrique VIII e Jane Seymour com os pais do rei, Henry VII e Elizabeth de York, foram encarregados de fazer importantes declarações dinásticas sobre a dinastia Tudor e a nova Monarquia da Reforma.
Da mesma forma, no reinado de Elizabeth, uma pintura de 1572, atribuída a Lucas de Heere (em Sudeley Castle) mostra Henrique VIII com Eduardo VI ajoelhado ao seu lado, com Maria I e Filipe de Espanha com a presença de Marte, o deus da guerra, e Elizabeth I trazendo com ela as deusas da paz e abundância. Este não é um retrato de família típico, mas uma alegoria da sucessão Tudor e a paz que ela havia trazido à Inglaterra.
Foi enviada pela própria Elizabeth, ao seu embaixador na França, Sir Francis Walsingham, provavelmente em sequência do Dia do Massacre de São Bartolomeu, em 1572 – quando os católicos em toda a França, mataram milhares de protestantes -, como um marco de seu povo e própria satisfação, como sugere a inscrição. Outro grupo familiar, mostrando Henrique VIII, Eduardo VI e Elizabeth I – datado de 1597, e que está atualmente no Instituto de Arte de Chicago – traz a inscrição: “Professores e defensores da fé católica”.
A semelhança entre a Elizabeth de Boughton e a do retrato denominado ”a dama desconhecida” (NPG 764) do National Portrait Gallery, levou os autores a abordarem a galeria sobre seus próprios pontos de vista. A Dr Tarnya Cooper, curadora das coleções do século XVI, acredita que este artigo, levanta alguns pontos importantes. Sobre o retrato de Boughton, ela afirma, “É claramente posterior – certamente do século XVII. Eu concordo, parece possível que possa ter havido uma fonte do século XVI”. Instada a comentar sobre a semelhança do retrato com a imagem NPG 764, ela disse: “Nossa atual visão, é que Elizabeth sempre fora uma possível candidata para este retrato. Estou muito contente que alguma evidência tenha surgido. Foi feito um bom trabalho com esta pesquisa”.
Dr. Cooper acrescentou: “Tivemos recentemente nosso retrato analisado por dendrocronologia (a ciência de datação de artefatos). No entanto, haviam poucos anéis encontrados, para serem capazes de fazer uma avaliação exata de datação do período. Desde o recente trabalho de restauração, parece agora provável, que esta imagem seja da metade do século XVI. Vamos também olhar nosso retrato de Elizabeth com uma boina (NPG 4449, que a retrata no início de seu reinado e do qual existem vários outros tipos) no próximo ano”.
O NPG 764, está em exibição com outros primeiros retratos da National Portrait Gallery em Montacute House, Somerset.
Fins de propaganda:
Isto levanta a questão: foram os retratos de Boughton e Althorp, pintados para fins políticos? A resposta muito provavelmente é sim. É possível que estes retratos tenham sido feitos, para ilustrar a sucessão Tudor e ligações de Somers com a casa real. Pode ser que esta imagem, e sua original, tenham sempre estado na posse da família Montagu.
Boughton foi comprado em 1528 por Sir Edward Montagu (1557), o Duque de Buccleuch, ancestral de. Sir Edward – um conselheiro privado – foi um dos comissários do testamento de Henrique VIII, que deixou a coroa para Eduardo, Maria e Elizabeth, por sua vez; mais tarde, ele tornou-se um membro do conselho de regência de Eduardo VI e em 1553, ajudou a esboçar o testamento de Eduardo, que alterou a sucessão em favor de Lady Jane Grey. É possível que ele tenha sido peça fundamental no comissionamento do retrato de Boughton, e incluiu Somers (que era especialmente próximo do rei em seus últimos anos) como forma de gratidão, a fim de facilitar seu acesso a Henrique, ou que Somers o tenha encomendado para a apresentar a ele. Dado o seu envolvimento, Montagu sem dúvida teria apreciado uma pintura da sucessão Tudor que houvesse endossado.
Há uma gravura do retrato Boughton, por Francesco Bartolozzi de Florença (1727-1815), um prolífico desenhista italiano, que havia ajudado Richard Dalton, bibliotecário de George III, na aquisição de novas obras de arte antes de ser convidado para Londres em 1764, onde permaneceu por 40 anos sob o patrocínio do rei. Entre 1792 e 1800, Bartolozzi executou uma série de gravuras de esboços de Holbein em Windsor. Não há registro dele ter visitado Boughton ou Northamptonshire, mas um artista sob patrocínio real, teria apreciado uma visita pelas casas da nobreza, assim como o acesso às suas coleções particulares.
O retrato Boughton – ou sua versão original – sem dúvida teria sido digno de esboço, devido seus ilustres retratados, e a familiaridade de Bartolozzi com a Royal Collection ao longo de muitas décadas, teria garantido seu reconhecimento da importância desta imagem. Frederick Madden, em suas despesas da Bolsa Privada da princesa Maria (1831), menciona que cópias dele, foram para as coleções reais britânicas e francesas e que um havia estado na coleção de Horace Walpole em Strawberry Hill.
A proliferação destas gravuras, sugere que a imagem original pode ter sido razoavelmente bem conhecida, mas seu paradeiro permanece uma incógnita. Em 1964, uma versão da pintura Boughton, possivelmente a original, estava pendurada em Ditton Park, uma vez que tratava-se de uma casa senhorial real Tudor. Mais tarde, ela veio para a posse da família de Lord Montagu de Beaulieu, de quem foi comprada pelo Almirantado em 1917. O local é agora, um centro de conferências de propriedade de uma empresa comercial.
Claramente, devemos isto a Susan Tomkins, oficial de educação patrimonial e arquivista de Lord Montagu de Beaulieu, por descobrir uma referência para a imagem de Ditton Park em um inventário de sucessões e valorização de 1884, compilado após a morte do Quinto Duque de Buccleuch. Em uma lista dos trabalhos na galeria de imagens em Ditton Park, está a chamada “Henrique VIII e outras figuras. Escola de Holbein”. A pintura de Ditton Park, permaneceu com a viúva do Duque, até sua morte em 1895, quando passou para seu filho, Henry, Primeiro Lord Montagu de Beaulieu. Susan Tomkins também sugeriu que a pintura Tudor original, foi destruída no incêndio que eviscerou a mansão Montagu em Bloomsbury em 1686, quando outras importantes pinturas foram perdidas.
Se este era ou não seu destino, é possível que mais de uma cópia do retrato tenha sido feita, com diferentes ramos da família, e que uma cópia delas, fora deixada em Ditton Park, em 1917, pois não acreditaram ser de grande qualidade ou valor. Na hora de ir à imprensa, ainda estavam tentando rastrear o retrato original de Boughton.
No entanto, mesmo se a pintura Boughton for uma cópia, ela é valiosa para os historiadores, pois fornece-nos uma até então, desconhecida imagem da jovem Elizabeth – e sugere fortemente que o retrato da ‘dama desconhecida’ no National Portrait Gallery, e outros retratos relacionados, são todos de Elizabeth enquanto princesa. Como tal, ele nos proporciona um raro vislumbre do início da vida da mulher, que viria a tornar-se uma das monarcas mais retratadas da história e que, conforme os anos avançavam, escondia-se atrás das camadas de “máscaras da juventude”, cada vez mais estilizadas da icônica Rainha Virgem.
FONTES:
Por Alison Weir e Tracy Borman: AQUI.