Uma dúvida muito comum entre estudiosos e curiosos sobre o período Tudor, é sobre qual teria sido a aparência de cada uma das seis esposas de Henrique VIII. Na realidade, não podemos ter 100% de certeza de como elas eram fisicamente, uma vez que os registros que nos foram deixados, são escassos. Com base em retratos e fontes primárias, tentaremos portanto, traçar algumas características sobre estas mulheres. Acompanhe:
Catarina de Aragão – Primeira esposa de Henrique VIII:
Catarina era bem baixa, de pele alva e cabelo loiro avermelhando, conhecido como auburn. Por volta dos seus 30 anos, a tonalidade dos fios foram ficando mais castanhas.
Segundo registros, quando jovem ela era considerada uma mulher bonita e atraente. O diplomata, estadista e escritor inglês, Sir Thomas More, disse certa vez: ”Existem poucas mulheres que podem competir com a rainha em seu auge”. Catarina ficou famosa por seu cabelo longo que, ao contrário das outras consortes de Henrique, usava solto na maior parte do tempo. Ela era descrita como tendo olhos azuis extremamente claros. Com o passar do tempo, por volta dos 30 anos (devido as inúmeras gestações, doenças e stress) a Rainha perdeu um pouco de sua radiância e o Rei da França, considerou-a: “velha e deformada”.
Retratos de Catarina de Aragão:
Ana Bolena – Segunda esposa de Henrique VIII:
Foi a esposa com mais relatos sobre sua aparência física. Era descrita como alta, de longos cabelos negros (provavelmente castanho escuros) – longos o suficiente para sentar-se sobre eles – e expressivos olhos ‘negros’. Também é descrita como tendo a tez escura (azeitonada) e amarelada, lembrando icterícia. Ignorem os retratos que a mostram com uma tez pálida, característica comum em pinturas do século XVI, pois era o padrão estético do período, possuir uma pele alva.
Retratos de Ana Bolena:
Jane Seymour – Terceira esposa de Henrique VIII:
Segundo relatos, tinha olhos azuis, queixo protuberante, nariz largo – levemente adunco – lábios apertados e cabelos loiros – embora seu retrato não nos forneça uma indicação direta de sua cor de cabelo.
Era descrita como sendo de estatura baixa e tez muito pálida – quase como doente, mesmo em uma época onde tal atributo, era considerado belo. Boatos dizem que Henrique VIII sentiu-se atraído por ela, justamente por ser totalmente o oposto de Ana Bolena, tanto em personalidade, quanto em aparência.
Retratos de Jane Seymour:
Ana de Cleves – Quarta esposa de Henrique VIII:
Antes de tudo, é necessário salientar alguns aspectos:
Para muitos espectadores modernos, o rosto feminino no retrato de Holbein, parece ter sido oprimido diante de toda a magnitude e complexidade dos aparatos envolvidos, como ricos colares e ornamentos. Porém, a opinião da maioria, é que a mulher nele retratada, é de uma beleza ”agradável”, embora não extraordinária.
É também digno de nota, que Sir Edward Wotton tesoureiro de Calais, que já havia referido-se à ela, como ”uma beleza que faria bem ao mercado do casamento”, tinha a opinião de que o artista, fez um retrato exato de sua fisionomia. Boatos surgidos no século XVII que, especulavam que Holbein havia lisonjeado Ana em seu retrato, são claramente falsos.
Holbein era conhecido na Corte Tudor, como um artista, cujo uma das principais características de seu trabalho, era a clareza e veracidade de suas representações, pois elas exibiam e exibem, ”uma bela forma’’, sustentadas por uma objetividade incomum, minuciosa observação da realidade e das características individuais, seguidas de um equilíbrio e uma correta estrutura geométrica de suas composições.
Quando Henrique VIII divorciou-se de Ana de Cleves, devemos lembrar que, ele reclamou amargamente das atividades de seus ministros, porém, nunca da honestidade de Holbein em seu retrato, ou dos esforços de seus embaixadores (significando que a maneira como Ana foi descrita fisicamente por eles, representava de fato, a realidade).
Ou seja, ao contrário de muitos retratos de Monarcas e suas consortes, o retrato de Ana, não foi encomendado para representar uma forma de propaganda e sim, para representa-la como de fato foi fisicamente.
Deste modo, não há quaisquer motivos para acreditarmos que a Ana retratada por Holbein, não representasse a realidade. Uma vez que podemos confiar no retrato e o conceito de belo é um tanto subjetivo, cabe à análise do leitor um julgamento.
Segundo o retrato de Holbein nos mostra, Ana possuía cabelos castanho claro/louro escuro, olhos claros (cor de mel) e feições equilibradas. Registros apontam que ela era alta (por volta de 1,70) e possuía ossatura larga.
Retratos de Ana de Cleves:
Catarina Howard – Quinta esposa de Henrique VIII:
Comprovadamente, não existe nenhum retrato seu. No entanto, com base em seu duvidoso ”retrato’’ mais famoso, podemos dizer que, tinha pele clara, cabelos castanhos e olhos igualmente castanhos. Era descrita como sendo baixa e rechonchuda, mas esta afirmação gera controvérsias. Também descrita por Henrique VIII como a mais bela de suas 6 esposas. Algumas fontes à descrevem como muito bonita, outras como mediana.
Possível retrato de Catarina Howard:

Catarina Parr – Sexta e última esposa de Henrique VIII:
Foi a mais alta de suas seis esposas do monarca (com quase 1,80 de altura). Ela possuía cabelo castanho avermelhado (auburn). Muitos se confundem com tal afirmação, uma vez que uma mecha de seu cabelo, exposta no castelo de Sudeley, aparece loira. No entanto, isto deve-se à idade e acomodação destes fios que, com o passar do tempo, tem seu pigmento dissipado.
Ela possuía a tez pálida, cabelo ondulado e olhos azuis acinzentados. Não era considerada muito bonita, porém muito inteligente.
Retrato de Catarina Parr:
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Dessas mulheres a que me chama a atenção, sempre será Ana Bolena. Ela era forte! E o mais chocante, foi a forma como morreu. Catarina também me chama atenção, pois era bondosa e sustentou até o fim ser a esposa legítima de Henrique.
Sim, Catarina, tanto quanto Ana, foi uma mulher muito forte! Ambas foram incríveis, né!?
Ana Bolena era uma mulher forte que fazia jus ao nome.. Ela defendia oq acreditava, fez com que o Rei casasse com ela e morreu com dignidade, não se curvou nem na hora de sua morte.. Por isso e por muitas outras será sempre minha preferida
Minha grande admiração foi pela Catarina de Aragão. Mulher determinada, inteligente e muito querida na corte. Apesar da indiferença e do desprezo que o Rei lhe impôs, ela em nenhum momento se curvou as humilhações sofridas, tendo o respeito e admiração de seus súditos e de toda Inglaterra. Não poderia ser diferente, afinal ela foi filha de Isabel de Castilha, uma rainha que governou na fé, no amor e no respeito.