Ela alcançou o estrelato há quatro anos, quando interpretou a sedutora esposa de Leonardo DiCaprio no longa, ‘O Lobo de Wall Street’. Mas agora, Margot Robbie vem causando certo alvoroço nos tabloides estrangeiros, com sua transformação em Elizabeth I, para o novo longa ‘Mary, Queen of Scots’, inspirado na vida de Mary Stuart, rainha dos escoceses.
A produção, que está sendo filmada em Londres, mostra a atriz muito diferente do habitual, deixando de lado suas longas madeixas loiras, nariz fino e pele bronzeada.
Para interpretar a última monarca da dinastia Tudor, Elizabeth I da Inglaterra, famosa por seus cabelos ruivos e pele alva (obtida através do uso de um cosmético da época), a atriz foi fotografada durante as gravações, com uma aparência quase irreconhecível.

Não sabemos se o figurino das imagens mostra uma Elizabeth no início ou final de seu longo reinado de 45 anos. Acreditamos que, devido ao cabelo escasso e um tanto calvo, trate-se da segunda opção.
Embora a testa alta esteja correta, detectamos alguns erros no cabelo da atriz.
Nos últimos anos de seu reinado, Elizabeth I ficou conhecida pelo constante uso de perucas grisalhas ou ruivas. No entanto, a ideia de que a monarca Tudor sempre foi calva é equivocada. Tal informação espalhou-se através de um livro do anatomista francês, Sir Arthur Keith, no início do século XX. Na realidade, podemos ver retratos da monarca com seus cabelos naturais, até meados de 1569, quando a mesma tinha por volta de 36 anos de idade. O uso de perucas por Elizabeth I, não era devido à uma calvice total, e sim, ao surgimento de uma nova moda no final do século XVI.
Há registros de que a rainha, de fato, tenha perdido cabelo no fim de sua vida, mas isto não a deixou careca, e sim, apenas diminuiu a quantidade de fios que outrora possuía.
Outra parte curiosa da caracterização de Robbie, é a pele marcada por cicatrizes. O senso comum dita que, o uso do ceruse veneziano, a máscara branca na face de Elizabeth, devia-se devido ao fato de que a pele desta, estava tomada por cicatrizes de varíola.
A rainha foi acometida pela doença, no final de 1562, mas por fim, conseguiu curar-se. Diferentemente do que muitos adoram especular, ela não ficou devastada pelos efeitos da doença, que não causou nenhuma cicatriz duradoura em seu rosto. Ao contrário de sua dama de companhia Mary, a rainha carregou poucos sinais deste tenebroso período de sua vida, que mesmo assim, estavam longe de chocar ou desagradar ao olhar.
O uso do ceruse, fator que serviu para a manutenção de sua iconografia real, era um dispositivo estético, e também estava na moda na Europa da segunda metade do século XVI.
A atriz de 27 anos de idade, também foi vista por moradores locais, trajando vestes como um espartilho pontudo, uma jaqueta jeans, e uma saia longa e negra, adornada por grandes fivelas. Claramente este figurino – que mais parece ter saído diretamente de um filme do Piratas do Caribe – em nada se parece com algo utilizado por uma monarca do século XVI.
Elizabeth fazia uso de volumosos e pomposos vestidos de cetim, veludo, tecido de ouro, prata e etc. Eles eram ricamente adornados com joias e pedras preciosas. Alguns eram tão pesados, que impossibilitavam a monarca de andar de modo fluido pelos corredores de seus palácios.
O ponto alto da caracterização de Robbie – bem completa, porém cheia de falhas – ficou a cargo da prótese nasal que a atriz colocou para obter um nariz adunco. Elizabeth de fato possuía, segundo ressalta David Starkey em sua biografia sobre a monarca, o proeminente nariz Tudor de seu pai, Henrique VIII. Tal atributo físico, pode ser visto em inúmeras pinturas da rainha, e foi fielmente reproduzido na atriz.
Estrelando ao lado de atores como David Tennant e Joe Alwyn, Margot seguirá os passos de Bette Davis e Judi Dench, que assumiram o papel da rainha Tudor durante suas carreiras cinematográficas.

Outras atrizes também ficaram conhecidas por interpretarem a última soberana Tudor, como por exemplo, Helen Mirren, Miranda Richardson, Cate Blanchett e Glenda Jackson. Esta última chegou a raspar parte dos cabelos de sua testa, usar trajes que a impossibilitavam de ficar em pé, e colocar próteses faciais, a fim de ficar mais semelhante à monarca.
O longa abordará a tentativa de Mary Stuart, rainha dos escoceses em derrubar a rainha inglesa. A mesma foi condenada por traição, após quase 20 anos de cárcere na Inglaterra, e executada no dia 8 de fevereiro de 1587.
A responsável em interpretar a rainha escocesa é a atriz irlandesa, Saoirse Ronan, que aparece em uma imagem oficial, trajando um longo vestido de cetim azul, com longos cabelos ruivos trançados.
Sua caracterização segue melhor que a de sua prima e rival no trono, mas ainda sim, deixa muito a desejar no quesito histórico, especialmente no figurino.
Esperamos que este novo longa histórico, seja uma boa representação dos últimos anos de vida de Mary Stuart, mostrando de modo responsável, seu relacionamento com a monarca Tudor.
Fontes:
Daily Mail
Elizabeth acreditava que mastigar doces deixava o hálito doce. Por causa disso, ela sofria com cáries e perdeu quase todos os dentes. A joia de marzipã, uma pasta de amêndoa moldada em forma de diamante, era um dos doces favoritos da rainha..Se for levar tudo ao pé da letra…
Elizabeth era fã de doces. No período elizabetano, o açúcar foi consumido em grande quantidade na Inglaterra. Ela adorava comer todos os tipos de iguarias e sim, infelizmente, no final de sua vida, padeceu com sérios problemas dentários.
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